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Dados não oficiais indicam aprovação de Constituição egípcia

Segunda etapa de referendo foi realizada sábado - a primeira foi realizada no dia 15. 'Sim' teria alcançado 64% dos votos, segundo Irmandade Muçulmana

Por Da Redação
23 dez 2012, 07h50

Dados não oficiais apontam que os egípcios aprovaram a nova Constituição do país depois da realização da segunda etapa do referendo sobre o texto, neste sábado. Considerando-se o resultado das duas etapas do referendo – a primeira foi realizada no último dia 15 e a segunda, no dia 22, o ‘sim’ teria alcançado 64% dos votos, segundo a organização islâmica Irmandade Muçulmana, que levou Mohamed Mursi à vitória nas eleições presidenciais de junho. Outros 36% teriam votado contra a Carta Magna. Mas a abstenção foi alta: ainda segundo a Irmandade Muçulmana, cerca de 30% dos egípcios compareceram às urnas. Resultados oficiais só devem ser divulgados nesta segunda-feira. Se o resultado favorável ao texto for confirmado, o país deverá realizar eleições parlamentares em até três meses.

Os dados preliminares divulgados pelo grupo fundamentalista apontam que o ‘sim’ venceu na votação deste sábado com 71% dos votos. Na primeira fase, também segundo dados não oficiais, o ‘sim’ havia vencido por uma margem menor (56,5% dos votos). A primeira etapa foi realizada em dez áreas do país, incluindo Cairo e Alexandria. Na capital, a maioria teria votado contra a Carta Magna, enquanto em Alexandria, o resultado teria sido a favor do texto.

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Os grupos favoráveis a Mursi também afirmam que a Constituição ajudará na transição para a democracia, quase dois anos depois da queda do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado. No entanto, os confrontos no Egito se agravaram no final de novembro, quando foi anunciado um decreto ampliando os poderes do presidente – os críticos consideraram que o decreto dava poderes “ditatoriais” a Mursi. Entre as medidas previstas no texto, a proibição de se questionar judicialmente decisões presidenciais.

Oposição – Os opositores do governo dizem que o texto constitucional favorece os islamitas e ignora os direitos dos cristãos, que constituem cerca de 10% da população, e também das mulheres. “Eles estão controlando o país, a votação e influenciando as pessoas, então o que mais poderíamos esperar?”, disse um representante da principal coalizão opositora, a Frente de Salvação Nacional.

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“Estou votando ‘não’ porque o Egito não pode ser comandado por uma única facção”, disse Karim Nahas, de 35 anos, em uma sessão de votação nos arredores do Cairo. Em outra sessão, alguns eleitores disseram estar mais interessados em acabar com o longo período de instabilidade política no país do que com os aspectos islâmicos da Constituição.

Os grupos de oposição também reclamam de irregularidades nas duas etapas de votação do referendo, principalmente na primeira fase. Seções de votação que abriram mais tarde, islamitas fazendo campanha em locais de votação e irregularidades no registro do voto foram algumas das situações apontadas. A votação teve de ser realizada em dois dias porque muitos juízes se recusaram a supervisionar o pleito, e não haveria equipes suficientes para monitorar toda a votação em um único dia.

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(Com agência Reuters)

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