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Cristina acusa Clarín de fazer perguntas em Harvard

Presidente foi pressionada a responder se existe imprensa livre na Argentina

Por Da Redação
1 out 2012, 09h59

Em um novo ataque de Cristina Kirchner contra a imprensa argentina, o governo acusou no final de semana o jornal Clarín de estar por trás das perguntas sobre liberdade de imprensa feitas na semana passada por estudantes da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Na ocasião, Cristina ficou em uma saia justa ao responder um aluno que perguntou se existe imprensa livre na Argentina.

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A acusação foi feita, novamente, por meio de uma peça publicitária veiculada na televisão pública – chamada de ‘a fracassada operação do Clarín que hoje envergonha Harvard’ – durante um jogo de futebol. No vídeo, o programa de rádio de Víctor Hugo Morales, que defende as iniciativas do governo, entrevista uma pessoa identificada como uma ‘ex-aluna de Harvard chamada Lucía’ que fala sobre o ‘papel lamentável dos argentinos pelo tipo de perguntas que fizeram’. A entrevistada diz que as perguntas feitas pelos estudantes de Harvard na conferência com Cristina foram plantadas pelo Clarín, sem dar maiores detalhes.

O vídeo também mostra a própria presidente na conferência em Harvard, dizendo ‘saber que havia jornalistas fazendo perguntas’, sem dar maiores esclarecimentos sobre a acusação. Segundo o próprio Clarín, o governo kirchnerista já gastou 30,5 milhões de pesos argentinos na campanha contra o grupo. A conferência em Boston aconteceu depois de uma outra reunião com estudantes em Nova York, após a Assembleia Geral da ONU, em que a presidente também foi pressionada com perguntas incisivas e afirmou que ‘não há jornalismo independente no mundo, assim como não há imprensa objetiva na Argentina’.

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Avançada kirchnerista – Na semana passada, a Casa Rosada veiculou, durante uma partida de futebol do campeonato do país (evento de grande audiência), um vídeo de mais de quatro minutos em que a presidente ameaça retirar as licenças do grupo Clarín no dia 7 de dezembro caso este não se adeque a prescrições da Lei de Mídia sancionada por Cristina em 2009.

A Lei de Mídia proíbe, entre outros pontos, que as empresas privadas de comunicação mantenham mais de uma emissora de TV aberta em uma mesma localidade. O grupo Clarín, que possui quatro emissoras de TV aberta, contestou a constitucionalidade da nova legislação na Justiça e obteve a seu favor uma medida cautelar para continuar operando enquanto o sistema judiciário não decide a questão. Em 7 de dezembro, essa medida cautelar expira, mas pode ser prorrogada por mais um ano. O que Cristina ameaça é aproveitar essa brecha – entre a medida expirar e ser prorrogada – para tomar os veículos do maior grupo de oposição do país antes de a Justiça julgar a constitucionalidade da lei.

Confira algumas perguntas dos estudantes de Harvard a Cristina:

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