Costureiro papal espera vestir também próximo pontífice
Em Roma, alfaiatarias especializadas competem pela preferência do papa
O cardeal Joseph Ratzinger, enquanto papa Bento XVI, era considerado um ícone da moda eclesiástica – alfaiates especializados no ramo competiam entre si pela preferência do pontífice. Agora, sem papa no Vaticano, fica a expectativa dos costureiros de serem escolhidos para vestir também o próximo ocupante do Trono de Pedro.
“Fiz muitos trajes para Bento XVI e para João Paulo II. Espero poder costurar também para o próximo papa”, disse ao site de VEJA o alfaiate Raniero Mancinelli, proprietário da loja Mancinelli Clero, localizada nas imediações da Praça São Pedro, no Vaticano. “Senti um grande desprazer pela renúncia, porque era um papa maravilhoso”, contou.
Apesar da fama de Ratzinger de ser exigente com suas roupas, Mancinelli retrata o papa emérito como um bom cliente. “Não era muito exigente, era muito afável e dócil. Gostava de roupas muito clássicas e sóbrias”, explica.
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O alfaiate nega, mas a disputa pela escolha do papa é uma competição acirrada em Roma, onde o gosto pela moda alcança também as figuras do clero. “É preciso saber as espeficidades do métier. Eu faço isso há 60 anos, conheço bem o ramo. Outros improvisam, mas não têm a experiência necessária”, afirmou.
Nos arredores do Vaticano, há vários negócios de moda religiosa, bem como no centro de Roma, nas proximidades do Panteão. Mancinelli diz não se incomodar com os concorrentes – e aposta no próprio talento para atrair a clientela do próximo pontífice. “Eles fazem o seu trabalho, eu faço o meu. Estou satisfeito”, garante o alfaiate.