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Clérigo muçulmano se une a protestos e pede leis islâmicas

Milhares de manifestante foram às ruas da capital iemenita Sanaa nesta terça

Por Da Redação
1 mar 2011, 17h54

Em meio às manifestações pró e contra o presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh, nas ruas de Sanaa nesta terça-feira, o clérigo muçulmano Sheik Abdul Majid al-Zindani se uniu aos protestos e pediu a imposição de um estado islâmico no país. O religioso, que já foi conselheiro de Osama bin Laden, é classificado como um “terrorista mundial” pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos desde 2004 e é suspeito de financiar a Al Qaeda e outros grupos terroristas.

A aparição de Zindani ocorre no mesmo dia em que Saleh manifestou um sentimento antiamericano, acusando Washington e Israel de fomentar os protestos para desestabilizar o mundo islâmico. A acusação causou surpresa pelo fato de os Estados Unidos serem o maior patrocinador ocidental do governo de Saleh durante suas três décadas no poder. Os EUA, porém, negam que as manifestações sejam produto de uma conspiração externa.

Protestos – A grande manifestação, batizada como “Dia da Ira”, foi originalmente convocada pela oposição para exigir a renúncia de Saleh. De acordo com testemunhas, os manifestantes bloqueavam três ruas da capital que levam à Universidade de Sanaa, o epicentro dos protestos na cidade desde janeiro. O ditador, porém, tenta minimizar a crise – e defender a tese antimamericana esdrúxula para justificar a realização das mobilizações.

Movimento islâmico – Também nesta terça-feira, na Tunísia, foi legalizado o movimento islâmico tunisiano Ennahda, fortemente reprimido durante o regime do presidente deposto Zine El Abidine Ben Ali, 30 anos após sua fundação. O caminho agora está aberto para que o Ennahda se torne um partido e concorra às eleições que devem ser realizadas ainda neste ano. Ele foi fundado em 1981 por Rashed Ghanuchi e intelectuais inspirados pela Irmandade Muçulmana egípcia.

A ideologia do grupo também é semelhante à do partido da situação na Turquia, o AK. Apesar de o movimento se dizer comprometido com a democracia, a permissão para que ele se torne um partido aumenta os temores de que fundamentalistas tentem se aproveitar do vácuo político no país para chegar ao poder. A ascensão de fundamentalistas islâmicos pode ser um problema tão grave quanto às ditaduras que estão sendo derrubadas em países árabes.

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