China e Rússia barram condenação da Síria no Conselho de Segurança
Com a falta de acordo, o órgão decidiu realizar uma reunião aberta para que as delegações ocidentais peçam individualmente o fim da violência
A oposição de China e Rússia impediu, nesta quarta-feira, que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) chegasse a um acordo sobre uma declaração de condenação do regime sírio pela violenta repressão exercida contra manifestações pacíficas, informaram fontes diplomáticas.
As fontes confirmaram que “não houve acordo sobre uma declaração presidencial” do Conselho após uma série de reuniões do principal órgão de segurança das Nações Unidas em busca de um pacto sobre um texto comum contra a repressão na Síria. Com a falta de acordo, o órgão decidiu realizar uma reunião aberta para que as delegações ocidentais peçam individualmente o fim da violência.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi contrariado. Ele havia dito anteriormente: “Pessoalmente, condeno a continuidade da violência contra manifestantes pacíficos e, particularmente, o uso de tanques e de armas de fogo, que mataram e feriram centenas de pessoas. As autoridades sírias têm a obrigação de proteger os civis e de respeitar seus compromissos internacionais, incluindo os direitos de expressão e de liberdade de reunião”.
Violência – Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, pelo menos 453 civis morreram durante as seis semanas de protestos pró-democracia contra o regime de Bashar al Assad no país. As vítimas são da capital, Damasco, da cidade de Deraa, da região rural em torno da cidade e das áreas costeiras.
(Com agência EFE)