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Avalanche sepulta mais de 100 soldados no campo de batalha mais alto do mundo

Por Da Redação
7 abr 2012, 12h14

Islamabad, 7 abr (EFE).- Ao menos cem soldados foram soterrados neste sábado por uma avalanche de neve em uma remota região do Himalaia do norte do Paquistão, cuja soberania é disputada por este país e a Índia e que é considerado o campo de batalha mais alto do mundo.

O acidente ocorreu perto da Geleira de Siachen, localizada a 6 mil metros, que faz parte da região da Caxemira e palco de constantes confrontos armados entre as forças de ambos países nas três últimas décadas.

Como revelou à Agência Efe um porta-voz policial da cidade de Skardu – a mais próxima do local do acidente -, a avalanche ocorreu às 6h (22h de sexta-feira em Brasília) e atingiu um quartel das forças paquistanesas. A unidade era encarregada de vigiar a área na fronteira com a Índia.

‘Mais de cem soldados permanecem presos, talvez até 140’, disse à Efe Sanab Gül, contatado por telefone a partir de Islamabad e quem detalhou que as equipes de resgate estão no local do acidente, no noroeste da cordilheira do Himalaia.

De acordo com a imprensa local, as equipes de salvamento haviam resgatado no meio da tarde vários corpos, mas o número não foi especificado, e continuavam à procura de corpos e sobreviventes com o apoio de cães adestrados, unidades terrestres e helicópteros.

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Fontes militares de Islamabad cifraram em cem os soldados soterrados, mas as versões que chegam da região são contraditórias com relação ao número exato. A dificuldade se deve ao difícil acesso e as baixas temperaturas que a região registra na maior parte do ano.

A rede de TV local ‘Geo’, a primeira a informar sobre o desastre, situou em 135 os militares sepultados na avalanche, que de acordo com outros canais teria surpreendido a maioria das vítimas dormindo.

A imprensa local indicou que os soterrados fazem parte de um corpo de infantaria ligeira – e que entre eles está um coronel. Como a localidade é remota e de difícil acesso os trabalhos de salvamento serão longos e complicados.

O acidente ocorreu na véspera da primeira visita do presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, à Índia, a primeira de um chefe de Estado do Paquistão ao país vizinho desde 2005, quando o general Pervez Musharraf o fez.

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De caráter privado, na viagem, Zardari irá até o santuário muçulmano de Ajmer Sharif, ao sul de Nova Délhi, mas o presidente paquistanês também aproveitará para reunir-se com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Fontes oficiais indianas relataram que Zardari e Singh almoçariam juntos após a reunião a sós na residência do segundo em Nova Délhi, e que no encontro abordariam ‘todos os assuntos vitais’ da relação entre os países. Na pauta o principal ponto de discórdia entre as duas nações, a Caxemira.

A disputa pela soberania da região opõe o Paquistão e a Índia desde que ambas as potências nucleares conquistaram a independência em 1947, com a divisão do subcontinente indiano.

Na última hora da tarde se desconhecia, no entanto, em que medida o acidente poderia afetar a agenda da reunião entre os dois líderes, e inclusive à realização do encontro. EFE

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