Após acordo, rebeldes sírios libertam 48 reféns iranianos
Em troca, forças de Bashar Assad libertam 2.130 prisioneiros civis, diz Turquia
Os rebeldes sírios libertaram 48 reféns iranianos sequestrados em agosto perto de Damasco, informaram nesta quarta-feira várias redes da televisão pública iraniana. Segundo uma agência de ajuda humanitária turca, em troca, o governo sírio libertará 2.130 prisioneiros civis.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“Os 48 peregrinos iranianos foram libertados”, anunciou a televisão estatal sem informar quando ou em que condições ocorreu esta libertação. A brigada de rebeldes sírios al-Baraa prendeu os iranianos no início de agosto e inicialmente ameaçou matá-los.
Por outro lado, cidadãos de outros países também estavam entre os liberados pelo governo sírio, afirmou Osman Atalay, membro do conselho da IHH. “Muitos prisioneiros que serão trocados pelos iranianos são cidadãos sírios, e há alguns turcos também”, afirmou.
O chefe da agência humanitária, Bulent Yildirim, que está em Damasco para ajudar a coordenar o acordo, disse que a troca de prisioneiros já havia começado, segundo Atalay. Não houve confirmação do governo sírio. A agência de notícias estatal turca Anatolian disse que o acordo foi mediado por Turquia e Catar.
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Os rebeldes afirmam que os prisioneiros eram Guardas Revolucionários enviados pelo Irã para ajudar as forças do ditador sírio Bashar Assad a oprimir a revolta. O Irã, um dos aliados mais próximos de Assad, disse que eles eram peregrinos que visitavam templos muçulmanos xiitas.
(Com agências France-Presse e Reuters)