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Ao assumir o cargo, novo ministro defende respeito à hierarquia

Luiz Alberto Figueiredo não fez menção direta ao episódio envolvendo senador boliviano, mas enfatizou a necessidade de obediência dentro do Itamaraty

Por Gabriel Castro, de Brasília
28 ago 2013, 16h43

O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, pediu respeito à hierarquia durante a cerimônia de transmissão de cargo, no Palácio do Itamaraty, na tarde desta quarta-feira.

O sucessor de Antonio Patriota não fez menção direta ao episódio envolvendo a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado na embaixada brasileira em La Paz e foi levado até a fronteira do Brasil pelo diplomata Eduardo Sabóia. Mas a referência foi clara: “Não estaremos no bom caminho se permitirmos que se percam aspectos essenciais da nossa cultura institucional, como o principio da hierarquia”, disse ele.

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O chanceler afirmou que pretende manter um debate aberto dentro do Itamaraty. Mas ele reforçou, no entanto, a necessidade de respeito às decisões do Ministério de Relações Exteriores. “O debate de ideias tampouco exclui a obediência e o respeito à institucionalidade. Esses são imperativos do serviço publico”, disse Figueiredo.

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O discurso de Figueiredo teve o mesmo tom daquele proferido por Antonio Patriota, que, assim como havia feito de manhã, criticou a postura de Eduardo Sabóia – que ocupa interinamente o cargo equivalente ao de embaixador brasileiro na Bolívia. “É imprescindível o respeito à hierarquia e às cadeias de comando. Sem isso correríamos o risco de desencadear processos de consequências imprevisíveis”, disse o ex-chanceler, que agora será o embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).

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Patriota e Figueiredo são amigos pessoais – eles se conheceram durante o curso do Instituto Rio Branco – há três décadas. A dupla trocou elogios durante a cerimônia de transmissão de cargo.

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A demissão de Antonio Patriota foi acertada na última segunda-feira, no dia seguinte da chegada de Roger Pinto Molina a Brasília. O ex-chanceler afirma que não foi informado sobre a vinda do parlamentar boliviano ao Brasil.

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Molina, que responde a processos judiciais por corrupção em seu país, diz ser perseguido pelo governo de Evo Morales. Ele ficou 455 dias abrigado na embaixada brasileira em La Paz, da qual não podia sair porque não possuía salvo-conduto das autoridades bolivianas. O diplomata Eduardo Sabóia diz que tomou a decisão de conduzir Molina até o Brasil para proteger a vida do senador, que estaria em depressão.

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