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À base de repressão, China aborta sua ‘Primavera Árabe’

Por Da Redação
23 Maio 2012, 20h34

Londres, 23 mai (EFE).- As autoridades chinesas empreenderam em 2011 uma das mais duras campanhas de repressão desde as manifestações de Praça da Paz Celestial de 1989 para evitar o contágio dos protestos que começaram no mundo árabe.

A constatação está no último relatório da Anistia Internacional (AI) sobre a situação dos direitos humanos em 2011, divulgado nesta quarta-feira em Londres e que aponta dissidentes, defensores dos direitos humanos e ativistas virtuais como as principais vítimas dessa repressão.

O governo chinês intensificou a intimidação, as prisões arbitrárias e ilegais e os desaparecimentos forçados de críticos, segundo a AI.

Também ‘aumentaram as medidas de segurança nas regiões habitadas por minorias étnicas, ao serem registrados protestos de seus habitantes contra a discriminação, a repressão e outras violações de seus direitos’, acrescenta o documento.

A AI assegura que a China recorreu à sua influência econômica e política para pressionar outros países para que repatriassem um grande número de cidadãos chineses de determinadas procedências, como os uigures. Alguns deles, ao voltarem ao país, foram submetidos a julgamentos sem garantias, tortura e outros maus tratos sob custódia.

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A ONG se mostra especialmente preocupada com a repressão sobre o direito à liberdade de expressão, especialmente na internet, e com a detenção de dezenas de pessoas durante os denominados ‘protestos do jasmim’, que começaram em fevereiro em sequência aos movimentos populares de Oriente Médio e norte da África.

Alguns dos detidos foram processados e condenados a penas, em alguns casos, superiores a dez anos de prisão.

Um dos ativistas submetidos ‘ilegalmente a prisão domiciliar’ e que mais atraiu a atenção dentro e fora do país foi o advogado cego Chen Guangcheng, símbolo de um movimento opositor cada vez mais importante e que neste ano iniciou os tramites para viajar aos Estados Unidos.

Segundo a ONG, na China ‘a tortura continua sendo uma prática generalizada’ nos centros de detenção, estimulada por políticas governamentais como a de exigir a funcionários de prisões e centros de detenção ‘transformar’ dissidentes religiosos para que neguem sua fé.

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Em fevereiro, a Assembleia Nacional Popular aprovou uma reforma do Código Penal que eliminou a pena de morte como punição para 13 crimes, mas, ao mesmo tempo, acrescentou alguns novos e ampliou o âmbito de aplicação desta condenação.

Neste sentido, a AI destaca que a China continuou aplicando amplamente a pena de morte, inclusive para crimes não violentos e após julgamentos sem defesa. Estima-se que tenham ocorrido milhares de execuções. No entanto, as estatísticas sobre pena de morte continuam a ser confidenciais.

O relatório incluiu uma menção especial à Região Autônoma do Tibete, onde, de 16 de março de 2011 até o fim do ano, 10 monges ou ex-monges e duas religiosas se atearam fogo. Seis deles morreram. EFE

rml/id

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