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Vice-presidente jurídico do Flamengo considera “impossível” assinar contrato com Traffic e Ronaldinho Gaúcho

Clube critica dificuldade da empresa de J. Hawilla para conseguir patrocinador e garante que, independentemente do desfecho, craque será mantido no clube

Por Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
7 fev 2012, 15h41

O impasse entre o Flamengo e a empresa de marketing esportivo Traffic, do qual depende o futuro de Ronaldinho Gaúcho no clube, caminha para um desfecho nada favorável e bem diferente do que vinham anunciando os envolvidos na negociação. “A não ser que haja uma reviravolta muito grande, acho impossível fecharmos contrato. Não é uma vontade nossa nem do Ronaldinho. O Flamengo cedeu tudo o que podia ceder, mas a Traffic sempre queria um pouco mais. Daí criou-se um desgaste irreversível do ponto de vista jurídico. Aliás, um desgaste muito grande em todos os pontos”, afirmou nesta terça-feira, ao site de VEJA, o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rafael De Piro.

De Piro foi um dos responsáveis pela elaboração do acordo que trouxe Ronaldinho ao clube. O vice-jurídico explica que depois que o clube cedeu em diversos pontos no contrato tripartite entre o Flamengo, Ronaldinho e Traffic, a empresa condicionou o pagamento dos salários atrasados do jogador à assinatura de dois outros contratos que não tinham a ver com os direitos de imagem do jogador. O primeiro e mais importante seria um contrato de direito de exploração do programa de sócio-torcedor e outro de um programa de fidelidade – atrelado ao lançamento de um cartão de crédito.

“O contrato mãe já estava resolvido. Eu e o Michel Levy (vice de finanças do Fla) fomos até Porto Alegre para encontrar com o Assis (irmão e empresário de Ronaldinho) e um advogado da Traffic para assiná-lo. Na hora de fechar o negócio o advogado recebeu um telefonema com uma contraordem, impondo esses dois novos contratos. Aí ficou impossível negociarmos”, desabafa Rafael.

Ele ainda explica que o Fla não pode atender o pedido da Traffic porque o programa sócio-torcedor já está sendo desenvolvido por outra empresa, a Golden Goal. O dirigente garante, no entanto, que a empresa de J. Hawilla não foi enganada e que desde o primeiro memorando com os termos gerais do contrato estava descrito que para ter direito a explorar o programa sócio-torcedor a Traffic teria que negociar diretamente com a Golden Goal uma multa rescisória.

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De Piro diz que uma última tentativa de entendimentos está sendo alinhavada por Michel Levy, mas que para ele a ruptura é inevitável. Outro motivo para a separação seria a má gestão do negócio, que o advogado também atribui à Traffic – que não conseguiu trazer um patrocinador de peso para o clube ou sequer desenvolver estratégias de marketing para explorar a imagem de R10. “Em oito meses de parceria eles não trouxeram nenhum patrocinador para o Flamengo e quando nós conseguimos, sem ajuda deles, a Procter & Gamble, a Traffic se melindrou e alegou que tinha que ter uma parte dos lucros. Quanto a Ronaldinho, eles não desenvolveram nenhuma ação para conseguir recursos para remunerar o jogador”, acusa.

Com o afastamento da empresa das negociações com Gaúcho, o Flamengo assumiria sozinho o pagamento dos salários de 1,25 milhão mensais ao jogador. De Piro avisa que, mesmo sem a Traffic, o clube não vai abrir mão de ficar com o Dentuço até 2014 – prazo de seu contrato. “O Ronaldinho é nosso e ninguém tira ele daqui, isso é ponto pacífico. O Flamengo tem como viabilizar esta decisão através do departamento de marketing. Tem muita coisa para ser explorada em termos de imagem de Ronaldinho e nós estávamos de mãos atadas. O marketing reclamava demais. Agora nós estaremos a frente disso”, afirmou o vice jurídico adiantado que nenhuma empresa de marketing esportivo deve entrar no lugar da Traffic.

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