César Cielo é pego em exame de doping
Ele e mais três atletas tiveram exame positivo, mas receberão apenas advertência
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou nesta sexta-feira que quatro atletas brasileiros foram flagrados no exame antidoping no último Troféu Maria Lenk, no Rio, em maio. Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e 100 m livre, Nicholas Santos e Henrique Barbosa, do Flamengo, e Vinícius Waked, do Minas Tênis, tiveram resultado analítico adverso para a substância Furosemida, da classe S5 Diuréticos. Os exames foram analisados pelo Laboratório INRS – Institut Armand Frappier, no Canadá, credenciado pela Agência Mundial Antidoping.
Mas nada acontecerá a eles. A confederação divulgou que por causa do histórico e por seguir o regulamento internacional eles serão punidos apenas com uma advertência.
Segundo nota oficial, o Painel de Controle de Doping instaurado pela CBDA nesta sexta que determinou a punição aos atletas foi presidido pelo prof. dr. Eduardo de Rose e composto pela dra. Sandra Soldan, dr. Marcus Bernhoeft e o dr. Cláudio Cardone. De Rose, membro-fundador da Agência Mundial Antidoping, disse que “não houve culpa nem negligência” dos nadadores. “O que ocorreu foi a contaminação da cafeína que eles tomam há dois anos.”
A nota diz ainda que “os quatro atletas declinaram do direito de realização da amostra B e os referidos atletas definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, restando comprovado que não houve aumento dos seus desempenhos, fato que não ocorreu nesta competição. O painel, dentro do espírito da legislação da Federação Internacional de Natação, notadamente na regra DC 10.4, optou por uma advertência aos quatro atletas uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte dos mesmos no episódio”.
Assim, “de acordo com a regra DC 9 da Federação internacional, os atletas perdem os resultados, prêmios, certificados e medalhas alcançados no Troféu Maria Lenk de Natação”.
“Fato isolado” – Após a divulgação dos resultados, Cielo divulgou nota em seu site afirmando que a substância furosemida, um diurético acusado em seu exame, pode ter sido fruto de um erro na manipulação, possivelmente uma contaminação, e que “tenha sido um fato isolado” por confiar demais em um suplemento que tomou durante toda sua carreira e nunca havia sido acusado como proibido.
(Com Agência Estado)