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‘The Voice Brasil’ é uma competição… de frases de efeito

Técnicos e candidatos não conseguem se livrar dos clichês ao falar de música

Por Da Redação
26 set 2014, 11h40

The Voice Brasil deveria ser exclusivamente uma competição de vozes. Contudo, depois que o candidato silencia o microfone, os técnicos dão início a uma disputa paralela, só entre eles, sobre quem vai falar a melhor (ou pior, no caso) frase de efeito. A maior parte delas envolve música e sentimento – o amor, em geral. Na hora de elogiar o talento do competidor também, o que se ouve – desde a primeira temporada – é mais do mesmo. E até quem vai subir no palco quer deixar sua marca registrada com algum velho ditado bonito.

“Sua verdade se sobrepõe ao nervosismo”, foi o comentário de Lulu Santos à roqueira Twyla, que só precisou do grito inicial em Chain Of Fools para virar as cadeiras dos quatro técnicos. “Eu me emocionei com a sinceridade e a contrição que tinha na apresentação de vocês”, disse à dupla Danilo Reis e Rafael, os mineiros que também conseguiram unanimidade depois de cantar Sinônimos. Quando dá espaço à impulsividade, sinal de que a voz realmente lhe tocou, solta um “você canta para c…”, como fez na semana passada para Dudu Fileti e nesta para Edu Camargo.

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Cadê o novo ídolo da música brasileira que estava aqui?

O “mestre” dos técnicos é o campeão dos clichês, muito porque nunca se furta de fazer comentários em momentos em que os colegas se calam. Claudia Leitte o segue de perto. Quando não está sensualizando, assume o papel de um livro de autoajuda ambulante. “Você tem que demonstrar que é maior que o medo”, “Os dois mostraram maturidade cantando e controlando a euforia” e “Da próxima vez, sei que você vai cantar para cada linha do meu coração”, foram alguns dos exemplos dessa última quinta-feira, segundo dia de audições às cegas.

Daniel continua o mais contido. Talvez porque, quando abre a boca, não sai nada muito mais criativo do que “além de cantar bem, vocês têm uma voz assim… formidável”. No extremo oposto, está Carlinhos Brown, falante ao extremo, mas com carência de conteúdo, que acaba pedindo socorro à plateia para repetir suas palmas e seu “Ajayô”, um tipo de grito de guerra.

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Entre os candidatos, é preciso achar novas formas de dizer que está “realizando o maior sonho da vida”. A dupla Kiko e Jeanne fez rir quando, juntos, se definiram em alto e bom som como “os irmãos apaixonados do Brasil”. Eles gostam de falar que cantam o amor, assim como a “cantriz” Letícia Pedroza, que antes de subir no palco afirmou: “A música faz parte de mim. Ela me escolheu”. Na mesma linha foi a americana Princess La Tremenda que, beijando o marido baiano, contou ter escolhido viver no Brasil por “amor”.

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