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Thalita Rebouças mira o bullying em novo livro

Por Da Redação
20 Maio 2016, 13h37

Há algum tempo, os leitores cobravam de Thalita Rebouças um livro sobre bullying. Um dia, já pensando no projeto, ela postou um vídeo no Snapchat em que perguntava a seus seguidores se eles tinham alguma história dessas para contar. Recebeu cerca de 5 000 e-mails. Eles seriam o embrião de Confissões de Uma Garota Excluída, Mal-Amada e (um Pouco) Dramática, seu 21º livro, que ela autografa neste sábado em São Paulo. O lançamento marca também sua chegada à editora Sextante, com quem já tem assinado o contrato de um volume de crônicas para adultos e de sua primeira chick-lit. A Rocco segue com seus livros anteriores, que já somam 2 milhões de exemplares vendidos.

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Mais do que assimilar as histórias dos leitores, o que ela quis foi conhecer o universo sobre o qual estava escrevendo — e percebeu que não mudou nada desde que era “toda torta”. “Eu tinha dente torto, canela torta, cabelo ruim. Lembro do dia em que descobri que era míope e da minha avó falando que a única coisa boa que eu tinha ia ficar escondida atrás dos óculos. Eu me senti péssima”, conta — e ri, hoje.

A Tetê, protagonista de Thalita Rebouças, também sofre bullying em casa — e na escola. “Sua mãe fica o tempo todo falando para ela tirar o bigode, raspar o sovaco, pintar a unha”, comenta a autora sobre a adolescente que não tem amigos, usa óculos e aparelho, está acima do peso, tem o cabelo volumoso e é estabanada — e que se vê diante de novos desafios, além de sobreviver a essa fase dramática. O pai perde o emprego e a família vai morar com os avós de Tetê, que, no meio disso tudo, tem de mudar de escola. E esta é sua chance de fazer amigos, tanto que lá se aproxima dois garotos, um nerd e um gay — Zeca é o primeiro personagem homossexual de peso de Thalita.

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Muitos dos problemas de Tetê e de tantos leitores que escreveram para Thalita um dia deixarão de ser problemas. “Mas o adolescente vê tudo com uma lente de aumento. Então, ela se acha um pavor, e não é. Como eu também não era o monstro que eu achava que era”, diz a escritora de 41 anos.

Entre os relatos que mais a tocaram, histórias de crianças que se sentem excluídas dentro de casa e se veem entre o pai que fala mal da mãe e da mãe que fala mal do pai. Outra garota disse que toda a sua família sabe que ela odeia canela e que na hora de comprar chiclete para dividir só compram de canela. Bullying com comida, um clássico nas melhores famílias.

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A história da canela e a questão dos apelidos, outra queixa comum, foram alguns dos relatos incorporados ao enredo. Mas os leitores talvez não se aborreçam porque suas experiências não entraram diretamente no livro — Thalita percebeu em muitas das mensagens a vontade apenas de desabafar, e de fazer isso com um ídolo. E, neste sentido, livros como os que escreve acabam ajudando o leitor a encontrar o seu lugar e a se colocar no lugar do outro, ela acredita.

A autora tem uma rotina diária de ouvir e de responder ao leitor, e de criar as histórias que, para ela, se conectarão com essas meninas e meninos — mais meninas. É uma prioridade dela, e a autora faz com gosto, mas é também uma parte importante do trabalho que se reverte em livros vendidos e filas quilométricas em sessões de autógrafos.

Os planos para o futuro próximo estão agitados, para a alegria dos fãs. Thalita sai agora em turnê de lançamento. Escreve os próximos livros. Acompanha a adaptação de suas obras — Era uma Vez Minha Primeira Vez chega aos teatros em 2017 e seis obras vão virar filme. É Fada, com estreia em 6 de outubro, é baseado em Uma Fada Veio me Visitar e terá a youtuber best-seller Kéfera no elenco. Sucesso de público garantido. Também em outubro, começam as filmagens de Tudo por um Pop Star e em dezembro, Fala Sério, Mãe. E já estão em produção Ela Disse, Ele Disse, Era Uma Vez Minha Primeira Vez e Tudo por um Namorado.

Não há muitos filmes aqui para este público. “Estou louca para estrear um para as pessoas começarem a investir. Por que podemos consumir filmes feitos nos EUA e não podemos fazer uma coisa aqui, nossa?”, questiona a escritora que, além disso tudo, estreia, em junho, no GShow, a websérie Absurdices. A primeira temporada terá 10 episódios de dois minutos cada um. No programa, faz o papel dela mesma, contando o que passa no dia a dia — do pai que dá cantada em lançamento à mãe que me pede para cheirar a axila da filha para dizer que tem cecê e à menina que a para no shopping e pede para ensiná-la a beijar.

(Com Estadão Conteúdo)

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