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Reynaldo Gianecchini dedica retorno aos palcos à mãe

Na reestreia de 'Cruel', peça que foi interrompida após o ator receber o diagnóstico de linfoma em agosto, Gianecchini se emocionou ao agradecer o apoio da família, fãs e equipe médica

Por Mariana Zylberkan
14 mar 2012, 01h32

Após o fim do espetáculo, diante das cortinas do palco fechadas, Reynaldo Gianecchini se despiu do papel de ator e galã para emocionar a plateia do Teatro Faap, em São Paulo, com um texto dito de improviso e direcionado a personagens reais que fazem parte, assim como ele, de um drama nada fictício com final feliz. A reestreia da peça Cruel marcou, nesta terça, a volta de Gianecchini aos palcos depois de enfrentar a fase mais pesada de seu tratamento contra o linfoma do tipo não-Hodgkin.

“Meu coração não cabe mais de tanta gratidão desse ser iluminado presente na minha vida que eu tive a sorte de chamar de mãe. Eu te amo loucamente. A família é a força maior da gente”, disse Gianecchini, com a voz embargada, ao lado dos atores Erik Marmo e Maria Manoella com quem contracena o texto de August Strindberg.

Na plateia, a mãe do ator, Heloisa Helena Gianecchini, retribuiu o carinho público do filho e agradeceu o apoio dos fãs ao lado das filhas Roberta e Claudia e outros familiares. “Só uma mãe pode sentir tanta felicidade de ver um filho recuperado. Foi um renascimento. Nunca vou esquecer esse momento.”

O ator estendeu os agradecimentos à equipe médica do hospital Sírio-Libanês, onde realizou o tratamento, e especialmente aos enfermeiros. Em nenhum momento Gianecchini usou palavras como câncer, tratamento ou doença – preferiu usar a palavra processo. “A grande descoberta é saber que o motivo de estarmos vivos é aprendermos a amar e saber que estamos aqui para trocar.”

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Antes mesmo de dar a primeira fala, assim que entrou em cena, Gianecchini foi aplaudido de pé pela plateia. Visivelmente emocionado, o ator se controlou e esperou as palmas cessarem para, então, retomar o texto. A careca reluzente, uma novidade no visual do ator, foi motivo de piada durante o espetáculo. O personagem Gustavo, interpretado por Gianecchini, ao reencontrar a ex-mulher, responde ao comentário sobre a mudança na aparência ao longo dos anos e diz, enquanto alisa a careca: “É, eu mudei um pouco”. A plateia não se conteve e caiu na risada.

Heloisa Helena Gianecchini, mãe do ator, com as filhas Cláudia (à esq.) e Roberta na reestreia de Cruel
Heloisa Helena Gianecchini, mãe do ator, com as filhas Cláudia (à esq.) e Roberta na reestreia de Cruel (VEJA)

O ator estendeu os agradecimentos à equipe médica do hospital Sírio-Libanês, onde realizou o tratamento, e especialmente aos enfermeiros. Em nenhum momento Gianecchini usou palavras como câncer, tratamento ou doença, preferiu usar a palavra processo. “A grande descoberta é saber que o motivo de estarmos vivos é aprendermos a amar e saber que estamos aqui para trocar.”

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Entre familiares do ator, vindos de Birirgui, sua cidade-natal, fãs, artistas e jornalistas, o clima foi de emoção misturada à esperança de poder presenciar o final feliz para um drama real. Em agosto do ano passado, após ser acometido por uma inflamação nos gânglios, Gianecchini foi diagnosticado com linfoma do tipo não-Hodgkin. A confirmação do tipo de enfermidade tornou o diagnóstico ainda mais preocupante pelo fato de ser considerado uma espécie de câncer violento e capaz de atacar as células T, encarregadas de cumprir um papel importante na defesa do organismo.

O ator foi submetido a uma série de sessões de quimioterapia, precedidas de uma intercorrência durante a colocação do cateter por onde receberia as doses de medicamentos. Um deslize do médico Raul Cutait perfurou o pulmão do ator, o que o fez ser internado às pressas na unidade de terapia intensiva do hospital Sírio-Libanês. “Eu tive que parar na UTI, porque teve um derramamento de sangue. Depois foi superado. Eu tive que fazer uma operação para limpar tudo, antes de começar a quimioterapia. Eu comecei já bem debilitado. O começo foi bem tumultuado”, disse o ator em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, em novembro do ano passado.

Em janeiro deste ano, o ator foi submetido a um autotransplante das células-tronco retiradas de seu próprio organismo. A expectativa era que o procedimento fosse capaz de reprogramar o sistema imunológico do ator. Em 12 de janeiro, o hospital Sírio-Libanês divulgou, através de boletim médico, que o autotransplante foi bem sucedido e as células, aceitas pelo organismo do ator. Esse foi o primeiro passo, portanto, para a sua recuperação.

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Após reestrear a peça Cruel, Gianecchini se prepara para atuar no remake de Guerra dos Sexos, com estreia prevista para setembro.

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