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Novo ‘Peter Pan’ atualiza o clássico para geração ‘Jogos Vorazes’

Com apurados efeitos especiais e muitas cenas de ação, filme com Hugh Jackman como o vilão Barba Negra conta como o pequeno órfão se tornou o líder da Terra do Nunca

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 out 2015, 09h37

Encontrar um novo ponto de vista para contar, mais uma vez, a história de Peter Pan é um desafio que o cinema, a TV e o teatro enfrentam com frequência. A mais recente passagem do personagem infantojuvenil, que voa e lidera a sobrenatural Terra do Nunca, por Hollywood foi em 2003, com o longa que leva o seu nome e a assinatura do diretor P.J. Hogan. Agora, em 2015, quem recebe a missão de atualizar o clássico para um novo público é o diretor Joe Wright, conhecido por adaptar grandes títulos da literatura, como Desejo e Reparação (2007), Orgulho & Preconceito (2005) e Anna Karenina (2012).

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Em Peter Pan, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, Wright aposta na estética apurada e detalhista, com belos figurinos, cenários com referências que vão de Mad Max a Avatar, e efeitos especiais em 3D. Tudo para contar o início do conto de fadas do órfão que se torna herói. O espetáculo visual supera o roteiro simples e faz da produção uma experiência interessante, que pode não acrescentar muito para o público adulto, mas tem apelo suficiente para manter interessada à geração Z, nome dado aos jovens nascidos a partir do final dos anos 1990.

A trama começa com Peter, ainda bebê, sendo deixado em frente a um orfanato católico por sua mãe, Mary (Amanda Seyfried). O roteiro dá um salto de doze anos e mostra Peter (Levi Miller) e seus amigos vivendo em situação precária, por obra de uma diretora corrupta. Ela vende os jovens ao pirata Barba Negra (Hugh Jackman, ótimo), que os toma no meio da noite em Londres e os leva para a Terra do Nunca, local onde são obrigados a trabalhar em minas de pó de fada, que o vilão usa para se manter jovem. Ágil, o filme faz deste pequeno processo um caminho recheado de cenas de ação, com perseguições que se mesclam a ataques causados pela Segunda Guerra Mundial, pano de fundo da época na Europa. Ao chegar ao outro mundo, a magia e beleza da ilha é vista com rapidez, e logo substituída pelo cenário seco do fosso onde trabalham os jovens vigiados pelos piratas.

Jackman faz uma entrada triunfal, ao som de um gutural cover de Smells Like Teen Spirit, do Nirvana, entoado pelo grupo dominado por ele. Outras músicas farão parte da trilha em momentos propícios, como um trecho de Blitzkrieg Bop, do Ramones, também cantado pelo elenco pouco antes de condenar Peter à morte por subversão. Quando o garoto se safa da sentença de forma surpreendente, descobre que faz parte de uma profecia, sobre um jovem que libertaria a ilha, ao lado da população nativa, da tirania de Barba Negra.

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Preso, ele consegue escapar com a ajuda de Gancho (Garrett Hedlund) – mais tarde Capitão Gancho -, aqui um amigo com pinta de Indiana Jones. Como esperado, a fuga os leva à floresta, onde encontram Princesa Tigrinha (Rooney Mara) e os nativos, processo que dá início à missão de Peter e sua ascensão a herói.

O início interessante cai em uma sequência de obviedades, mas, como dito, impulsionadas pela sequência rápida de ações, fugas e lutas. Como uma em que o trio de mocinhos enfrenta os piratas em uma briga típica de navios lado a lado, com canhões, cascos batendo e saltos de uma embarcação para a outra – a diferença é que tudo acontece em barcos que voam em vez de navegar na água.

O elenco consegue sustentar a produção, sem deixar os pontos fracos da trama tornarem o filme desinteressante. Destaque para Jackman, que encarna um bizarro e irônico Barba Negra, e para o estreante Miller, o jovem protagonista que merece conquistar outros bons papeis após a experiência como Peter Pan.

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