Organização britânica quer censurar vídeos online
Em parceria com o Google, a British Board of Film Classification (BBFC) deve colocar em prática um projeto para propor a devida classificação etária aos clipes considerados sexualmente explícitos e com conteúdo adulto
A British Board of Film Classification (BBFC), organização responsável pela classificação de filmes no Reino Unido, deverá lançar um projeto em parceria com o Google para censurar vídeos online. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o diretor assistente David Austin afirmou ter sido pressionado por pais, preocupados com a quantidade de clipes com conteúdo, ou conotação, sexual disponíveis livremente para serem assistidos por crianças.
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Austin disse que estava trabalhando com a British Phonographic Industry (BPI), responsável pela indústria fonográfica britânica, em um projeto com a intenção de prever como essa classificação funcionaria. “O Google confirmou que se nós começarmos a classificar os clipes, eles irão levar a ideia adiante, além de estudar a possibilidade de utilizar juntamente um método de controle dos pais”, contou o diretor à publicação.
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A iniciativa foi baseada em uma consulta com mais de 10.000 pessoas, que constatou a preocupação dos pais com os conteúdos considerados inapropriados para crianças exibidos nos vídeos musicais. Há reclamações de que os clipes são “simplesmente pornográficos”, ou que mostram o “uso de drogas e automutilação como algo normal.”
Na França, medidas semelhantes já foram tomadas. Os clipes de Wrecking Ball, de Miley Cyrus, e Work B**ch, de Britney Spears, considerados sexualmente explícitos, foram proibidos para menores pela televisão local e só poderão ser exibidos no país após as 22h.
No próximo dia 24 de fevereiro, a BBFC irá colocar em prática mudanças na classificação de filmes, especialmente àqueles inicialmente previstos para jovens entre 12 e 15 anos, além de passar a ter um cuidado maior com o impacto psicológico causado por filmes de terror.