O escritor sueco de romances policiais Henning Mankell, famoso em todo o mundo pela série de livros protagonizada pelo detetive Kurt Wallander, que apresentava uma visão desiludida da social-democracia escandinava, morreu nesta segunda-feira, vítima de câncer, aos 67 anos. Mankell, que revelou em 2014 que sofria da doença, “faleceu de maneira tranquila enquanto dormia em Gotemburgo”, região sudoeste da Suécia, anunciou seu editor, o sueco Dan Israel, com o qual fundou a editora independente Leopard em 2001.
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O autor sueco, que vivia entre a Suécia e Moçambique, era um dos principais nomes do romance policial nórdico, ao lado de Jo Nesbo, Arnaldur Indridason e daqueles que são considerados os “pais” do gênero, Maj Sjöwall e Per Wahlöö.
Mankell vendeu 40 milhões de livros ao longo de sua carreira. Romancista e dramaturgo, deixa uma obra considerável de quase quarenta títulos, mais de dez protagonizados pelo detetive Kurt Wallander, e vários voltados para o público infantil.
Sua série sobre o inspetor Wallander, ambientada no sul da Suécia, teve início em 1991 com o livro Faceless Killers (Assassinos Sem Rosto, em tradução direta) e rendeu fama mundial ao escritor, que aumentou depois que a obra foi adaptada para a televisão no Reino Unido em uma série protagonizada por Kenneth Branagh.
Ele era casado com Eva Bergman, de 70 anos, filha do cineasta Ingmar Bergman, falecido em 2007, e com quem o escritor tinha uma boa relação.
(Com agência France-Presse)