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Kate Middleton: a emergente que virou princesa

Por Carol Carvalho
24 abr 2011, 15h35

Dona de um carisma que lhe rende comparações com a princesa Diana, Kate Middleton tem uma história, no entanto, peculiar. De família emergente, a menina que cresceu admirando o príncipe em um pôster pregado na parede de seu quarto vai se tornar a primeira plebeia a entrar para a árvore genealógica da família real em mais de 350 anos – a última a realizar tal trajetória foi Anne Hyde, que se casou com o duque de York, James II, em 1660. E já é tida na Grã-Bretanha, junto com seu futuro marido, como salvadora em potencial da monarquia, cujo glamour vem sendo ofuscado por escândalos nos últimos trinta anos.

O desafio de atender à alta expectativa colocada pelo mundo sobre ela é quase desumano, mas Kate, hoje com 29 anos, parece ter recursos para vencê-lo. A biografia da jovem revela uma candidata digna ao cargo de princesa, e, futuramente, de rainha. Kate Middleton tem dotes atléticos, educação em instituições de ensino prestigiadas, beleza e senso de moda dignos de elogio, além do dom de se manter reservada. Dom ou estratégia, já que a monarquia preza a discrição – e um pretendente ao círculo real não poderia agir de maneira diferente.

Sem ter dado qualquer passo em falso ou declaração inoportuna até agora, Kate conseguiu se manter bravamente longe dos holofotes – por mais que a imprensa britânica tenha feito o possível e o impossível para impedir que isso acontecesse. A partir de 29 de abril, quando o arcebispo de Canterbury disser: “Eu os declaro marido e mulher”, o assédio será ainda maior sobre ela. É nesse momento que será testado o jogo de cintura de Kate para lidar com os infortúnios da vida de princesa.

Bullying na escola – Filha de um casal de trabalhadores que ascendeu econômica e socialmente graças a um negócio de vendas de artigos para festas infantis, Catherine Elizabeth Middleton nasceu em Reading, a 65 quilômetros de Londres, em 9 de janeiro de 1982 – ela é cinco meses mais velha do que William.

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Quando criança, Kate não demonstrava a confiança dos últimos anos do romance com William. Seus colegas de escola a descrevem como uma criança tímida, que, apesar de talentosa para os esportes, não deixou de ser alvo de chacota. A jornalista Claudia Joseph, autora do livro Kate – Nasce uma Princesa (BestSeller, 285 páginas), revela que ela sofreu bullying. Kate recebeu dois apelidos por parte dos colegas: “Princess in Waiting” (“aspirante a princesa”), pelo bom comportamento, e “Middlebum”, um jogo de palavras com seu sobrenome em razão da sua ascendência proletária – “bum”, em inglês, significa “vagabundo”.

“É justo dizer que Catherine não era lá muito festeira. Acho que seus pais lhe ensinaram valores morais muito fortes”, disse uma de suas colegas ao jornal inglês Daily Mail.

Vale lembrar que Kate estudou em escolas de elite. A qualidade da educação recebida pela futura princesa se deve à prosperidade do empreendimento de seus pais, ex-funcionários da British Airways. Michael e Carole Middleton largaram a profissão de piloto e aeromoça, respectivamente, para abrir uma empresa de venda de artigos de festas infantis, a Party Pieces. O sucesso do negócio permitiu a Kate trocar o ensino público pelo privado. Ela deixou a Bradfield Church of England Primary School pelo colégio preparatório St. Andrews e depois pelo Marlborough College, reduto dos filhos de condes, duques e barões.

William na faculdade – Em 2000, a futura princesa concluiu os estudos no Marlborough College e viajou para a cidade medieval de Florença, berço da Renascença italiana. Assim como o príncipe William, Kate passou várias semanas do seu ano sabático no Chile, onde também fez trabalhos voluntários para a Raleigh International. Há rumores de que o casal teria se conhecido neste período, mas os dois negam. O certo é que no fim do ano seguinte Kate Middleton entrou para o mesmo curso do príncipe – história da arte, na universidade escocesa de St. Andrews. Ali, os dois engataram uma amizade e dividiram moradia com outros amigos, ambiente em que surgiu o romance que já dura oito anos.

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A relação, no entanto, teve momentos difíceis. Em 2005, cansada das investidas da imprensa sensacionalista britânica, Kate pediu que seu advogado fizesse um acordo com empresas de mídia para preservá-la do assédio. Dois anos depois, o casal chegou a se separar por meses, fato que é oficialmente atribuído ao vilão de sempre, o sensacionalismo da imprensa local. Oficialmente, a separação se tornou assunto de estado quando um relatório informou ao Parlamento que Kate havia andado cercada por paparazzi e que a instituição responsável por monitorar a imprensa demorara a agir em sua defesa.

Já o jornal americano The New York Times dá outra razão para o rompimento do casal, obviamente negada pelo Palácio de Buckingham. O NYT levanta a hipótese de que a monarquia estaria descontente com o status social inferior dos Middleton e de que a jovem teria cometido a gafe de mascar chiclete e usar palavras pouco aristocráticas como “toilet” diante da rainha Elizabeth II, avó de William. No mesmo texto, leem-se rumores de que os amigos do príncipe sussurravam “Doors to manual” (“portas em automático”) sempre que Kate entrava num ambiente, em referência à antiga profissão da mãe.

Embora não tenham obtido trégua junto à imprensa, Kate e William voltaram a namorar em 2007. Após receber o diploma universitário, ela trabalhou por um tempo na grife de roupas Jigsaw até se juntar ao lucrativo negócio familiar – empreendedora, Kate teria inclusive planos de abrir uma padaria em Londres (resta saber se a rainha vai deixar). Os jornais a criticaram por nunca ter tido um emprego em tempo integral.

A futura princesa, porém, não se deixou abater. Em 2008, num sinal de que o clima melhorava para ela, Kate roubou a cena na cerimônia de premiação em que William recebeu o brevê de piloto da Força Aérea Britânica das mãos de seu pai, Charles.

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O pedido de casamento veio no final de 2010, numa viagem que os dois fizeram ao Quênia, quando ele deu a ela o anel de noivado que pertenceu à mãe, Diana. Kate admite que entrar para a família real é um “desafio”, mas confia no apoio do noivo. “William é um grande professor, espero que possa me ajudar ao longo do caminho.”

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