Espectadores da primeira exibição de Tropa de Elite 2 se desmancham em aplausos, assovios e gritinhos
Pelo menos mil pessoas lotaram o Teatro Municipal de Paulínia, no interior de São Paulo
Pelo menos mil pessoas se acotovelaram para ver o filme. Um bom teste de fogo. A salva de palmas mais gritinhos e assovios do final indicam o que vem por aí: Tropa de Elite 2 é o novo hit da estação
A primeira exibição de Tropa de Elite 2 aconteceu nesta terça-feira (05) em Paulínia, no interior de São Paulo. Os convidados foram recebidos por um forte esquema de segurança. Viaturas da polícia, policiais do Grupo de Operações Táticas, detectores de metais, além de meia dúzia de brutamontes que revistavam um a um. Telefones e câmeras foram confiscados até o final do filme. A produção justificou o excesso de segurança com o temor que, assim como o primeiro filme, Tropa de Elite 2 chegue ao público antes do lançamento oficial.
Dentro do Teatro Municipal da Cidade, uma construção modernosa de gosto duvidoso, com colunas gregas e enormes paredes de vidro, a plateia esperou 45 minutos além do previsto para o início da sessão. O filme foi anunciado por um dos distribuidores, não sem antes fazer o beija-pés para os patrocinadores, com veemência à prefeitura municipal, que por causa dos royalties da indústria petrolífera tem distribuído incentivos para produções cinematográficas produzidas na cidade.
Não demorou muito: após o início do filme começaram as reações efusivas. A cada menção, seja por bordões ou gestos, ao primeiro filme, ouviam-se gritinhos, assovios e aplausos – estes, pelo menos quatro vezes durante a exibição. A plateia quer ver sangue e, nesse quesito, José Padilha trabalha com fartura. Tortura com saco na cara e socos distribuídos pelo Coronel Nascimento contra um político corrupto foram ápice da reação do público. É uma catarse.
Cerca de mil pessoas se acotovelaram para ver o filme. Um bom teste de fogo. A salva de palmas, mais gritinhos e assovios do final, indicam o que vem por aí. Tropa de Elite 2 é o novo hit da estação, mesmo que por motivos diferentes dos da primeira versão, apresentada em 2007. Houve quem ainda tivesse fôlego para a reflexão política. Mas, a essa altura, o comentário dominante era o das mulheres sobre a presença de Wagner Moura no recinto.