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Esculturas da chancelaria de Hitler são encontradas na Alemanha

Peças que representam dois cavalos e que estiveram na frente do local de onde o ditador regia os destinos do III Reich estavam desaparecidas desde 1989

Por Da Redação
20 Maio 2015, 23h14

A polícia da Alemanha anunciou nesta quarta-feira que encontrou em um depósito no Estado da Renânia-Palatinado, no sudoeste do país, duas esculturas gigantes que representam cavalos e que estiveram na frente da Chancelaria de onde Adolf Hitler regia os destinos do III Reich. Os cavalos, obras do escultor Josef Thorak (1889-1952), estavam desaparecidos desde 1989 e nos últimos anos tinham sido oferecidos no mercado negro por preços que variavam de 1,6 a 4,4 milhões de dólares (4,8 a 13,3 milhões de reais, aproximadamente).

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Em 1943, em plena guerra, Hitler ordenou a transferência das obras de Thorak, um de seus artistas favoritos, e outras esculturas a um escritório a 20 quilômetros de Berlim, onde as peças foram achadas depois pelo Exército Vermelho. Essas e outras peças passaram, a partir de 1950, a fazer parte da decoração de um campo de esportes do Exército soviético em Eberswalde, cidade próxima a Berlim.

Em janeiro de 1989, a historiadora da arte Magdalena Busshart publicou um artigo sobre as esculturas no jornal Frankfurter Allgemeine no qual, entre outros detalhes, falava de sua localização no campo esportivo. Semanas depois, uma leitora escreveu uma carta à publicação advertindo que as esculturas tinham sido retiradas do lugar indicado.

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Segundo o jornal Bild, ainda não está clara a forma como elas desapareceram e muitas hipóteses surgiram, desde sua mudança a Moscou até a venda das esculturas por parte do regime da extinta Alemanha Oriental para obter divisas. Na última hipótese, desempenha um papel importante a figura de Alexander Schalck-Golodkowski, um curioso personagem do regime comunista cuja missão era conseguir divisas, para o qual costumava retirar obras dos museus do país e vendê-las nos mercados do Ocidente.

Há dois anos, segundo o jornal alemão, os cavalos tinham sido oferecidos à historiadora Magdalena Busshart por 1,6 milhão de dólares, por um homem que afirmou ter trabalhado com Schalck-Golodkowski.

A maneira como as esculturas, junto com outras obras desaparecidas, chegaram ao depósito onde foram achadas ainda não foi esclarecida. A descoberta aconteceu no marco de uma investigação dirigida pela polícia de Berlim, na qual foram inspecionados edifícios por todo o país na busca de arte roubada. Ao todo, oito suspeitos, com idades entre 64 e 79 anos são investigados.

(Com agência EFE)

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