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Em ‘Milagres do Paraíso’, Jennifer Garner vive cristã em crise de fé

Filme narra a história de uma mãe que busca a cura para a filha, vítima de uma doença rara

Por Vivian Carrer Elias
22 abr 2016, 16h13

Há dois anos, o filão da fé surpreendeu a indústria cinematográfica americana ao conquistar uma pomposa bilheteria. O exemplo mais notável é o de O Céu É de Verdade (2014), que arrecadou 101 milhões de dólares ao redor do mundo, apesar de sua modesta verba de 12 milhões. Considerado o sucessor do longa, por abordar assuntos semelhantes, Milagres do Paraíso, que chegou ao Brasil nesta quinta-feira, deve trilhar o mesmo caminho e atrair grande público – especialmente pelo nome de Jennifer Garner no cartaz.

O filme, baseado em uma história real, gira em torno de Christy Beam (Jennifer), que vive com a família em uma fazenda no Texas e que mantém uma rotina cristã, com idas frequentes à igreja e orações todas as noites. Uma de suas três filhas, Anna (Kylie Rogers), adoece, passa a ter dores constantes e é diagnosticada com uma doença intestinal rara, incurável e potencialmente fatal. Christy, então, inicia uma obstinada trajetória para aliviar o sofrimento da filha, o que inclui visitas frequentes – e exaustivas – a Boston, onde há um médico especialista no assunto. O desgaste da situação abala a sua fé e a afasta da religião.

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A história sofre uma reviravolta (isso não é um spoiler, já que o título e o trailer do filme se encarregam de dizer o que acontece a seguir) quando Anna cai de uma árvore e vê os efeitos da sua doença desaparecerem. A menina relata que, enquanto desacordada, saiu do seu corpo, foi a um lugar similar ao paraíso e ouviu de Deus que ficaria bem. A melhora da filha devolve a fé perdida à mãe, que passa a frequentar a igreja novamente e dar depoimentos sobre o que vivenciou.

É impossível não se sensibilizar com Anna, uma criança em constante sofrimento, submetida a uma rotina de hospital e sem esperanças de cura. Mesmo assim, o drama é aliviado com momentos de humor, em especial nas cenas de Queen Latifah, que interpreta uma amável garçonete de Boston. Mas o ponto mais interessante da história está na construção de Christy. Jennifer Garner convence como uma mãe que nutre um amor incondicional pelas filhas, embora tenha os seus momentos de fraqueza. Por exemplo, quando fica impaciente com a família ou até mesmo com Deus.

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A maior parte do roteiro se atém à doença de Anna, enquanto o milagre é deixado para o final do filme, o que o torna mais tragável para os céticos. Além disso, há contrapontos às crenças de Christy – caso do médico, que sugere uma explicação científica para o ocorrido. Ainda assim, algumas cenas soam um tanto forçadas, como quando Jennifer Garner aparece no jardim questionando (e gritando) por que Deus deixou que a sua filha adoecesse. Seu retorno à igreja também tem ares de propaganda religiosa.

Embora conservador, o filme consegue prender a atenção. E a mensagem bíblica tem potencial para sensibilizar, sem alterar (seja qual for) a crença da plateia.

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