Os herdeiros da família Orleans, descendentes do rei da França Luís XIII, venderam na terça e na quarta-feira alguns tesouros de família por um total de 6,2 milhões de euros (27,4 milhões de reais, aproximadamente), informou a casa de leilões Sotheby’s. Um quadro de Carmontelle, intitulado Les Gentilshommes du duc d’Orléans (Os Cavalheiros do Duque de Orleans), foi arrematado por 531.000 euros (cerca de 2,3 milhões de reais) e foi a peça de maior valor do leilão.
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Um conjunto da famosa porcelana de Sèvres foi leiloado por 495.000 euros (2,1 milhões de reais) e um jogo de tabuleiro criado pelo marceneiro Roentgen para o jovem Luís Felipe, por 285.000 euros (1,2 milhão de reais). O Estado francês usou seu direito preferencial de compra para adquirir 15 peças, quatro delas para o Palácio de Versalhes.
Ao contrário do anunciado, três “tesouros nacionais” não foram a leilão, incluindo um registro das contas, entre 1495 e 1496, do castelo de Amboise. Trata-se de um conjunto de 300 folhas de papel vitela (feito com pele de bezerro) mantidos pelos administradores do rei Carlos VIII.
A família havia conservado durante séculos os objetos leiloados e algum remontam à época de Henrique IV, que reinou na França entre 1589 e 1610. A coleção foi entregue primeiro a uma fundação pelo conde de Paris, Henrique, que queria deserdar todos os seus filhos, com os quais estava brigado. Mas após sua morte, em 1999, a justiça decidiu após uma longa batalha nos tribunais que os bens tinham que ser restituídos a seus herdeiros. Com esta decisão, faltava resolver o problema de como repartir os bens entre os dez herdeiros e finalmente decidiu-se por leiloá-los.
(Com agência France-Presse)