Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bertolucci lança ‘Io e Te’ em Cannes, depois de uma década sem filmar

Inspirado em conto de Niccolò Ammaniti, longa conta a história de um adolescente que se tranca no porão para tirar férias do mundo real

Por Carlos Helí de Almeida, de Cannes
22 Maio 2012, 14h22

O diretor Bernardo Bertolucci fez sua reentrada no circuito de festivais na tarde desta terça-feira (21) com Io e Te (Eu e você), um dos títulos do pacote de filmes hors-concours do 65º Festival de Cannes. É o primeiro longa-metragem do mestre italiano desde Os Sonhadores (2003), e seu primeiro trabalho como diretor depois que uma série de operações na coluna, há três anos, que o deixaram numa cadeira de rodas. “Quando minha imobilidade se tornou normalidade, pensei que os meus filmes tinham acabado. Pouco a pouco, aprendi a arte de aceitar minha nova condição, e a partir desse momento soube que era possível filmar de uma posição diferente da usual”, declarou Bertolucci, no material de imprensa do filme. “Depois de ter filmado Io e Te eu sinto que estou de volta à ativa, e pronto para fazer um outro assim que for possível”.

Io e Te é um delicado drama sobre as lutas e os sonhos da juventude, na linha de Os Sonhadores e Beleza Roubada (1996). Inspirado num conto de Niccolò Ammaniti, fala sobre Lorenzo (Jacopo Olmo Antinori), um adolescente de 14 anos que tem dificuldades de se relacionar com os pais e os garotos de sua idade. O jovem decide tirar folga do mundo real se escondendo por uma semana no porão do prédio onde mora, quando deveria estar fazendo um passeio a uma estação de esqui organizada pelo colégio.

Cercado de seus passatempos preferidos – música, livros de ficção científica – o rapaz imagina as férias ideias, que são inesperadamente interrompidas pela visita de Olivia (Tea Falco), sua meia-irmã, que pede abrigo para curar a ressaca de seu vício em heroína. O confinamento de duas almas frágeis e problemática num mesmo espaço exíguo gera confrontos e ressentimentos, mas os dois sairão transformados do exílio voluntário.

“Acho que muitos de meus filmes lidam com a juventude e seus estados emocionais específicos. Isso pode ser constatado nos títulos mais óbvios, como também em outros, como 1900 (1976), O Último Imperador (1987) e O Pequeno Buda (1993). Mesmo agora, aos 70 anos, continuo intrigado por personagens jovens e pelo desafio de capturar a vitalidade e a curiosidade deles”, afirma Bertolucci.

LEIA TAMBÉM:

Em Cannes, um tributo a cineastas consagrados

Um trecho de ‘Io e Te’, publicado na internet no último domingo:

https://youtube.com/watch?v=TahmMejluIc

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.