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USP esvazia sala do ‘Show Medicina’ a pedido do MP

Festa do curso foi alvo de investigações em 2014 após alunos denunciarem violações de direitos humanos e humilhação durante o evento realizado dentro da universidade

Por Da Redação
8 mar 2016, 17h22

O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Faculdade de Medicina de São Paulo (Fmusp) para esvaziar a sala onde estavam depositados materiais para a festa Show Medicina na instituição na última semana.

O evento, uma espécie de teatro com sátiras entre estudantes criado em 1944 e realizado no anfiteatro da faculdade, foi alvo de investigações de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em 2014 e acabou impedido de ser realizado dentro da Universidade de São Paulo (USP), após recomendação do MPE.

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O que está por trás da violência dentro das universidades

No mês passado, o Show Medicina teve espaço para divulgação do evento na FMUSP durante a recepção dos calouros mesmo após a suspensão da festa. Além disso, uma área do Centro Acadêmico dos alunos era disponibilizada como depósito do Show.

Para o MPE, a utilização do espaço descumpriria o termo de ajustamento de conduta firmado com a universidade no ano passado. Além da suspensão do evento dentro da faculdade, a recomendação do ministério previa a abertura de sindicância administrativa para apurar eventuais abusos que teriam ocorrido no show, ação que a universidade não confirma se fez ou não.

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Na semana passada, a faculdade recebeu a visita de duas promotoras de Justiça, Beatriz Helena Budin Fonseca e Silvia Chakian. Elas entregaram um ofício pedindo explicações sobre o uso do espaço e pediram que a sala fosse esvaziada. De acordo com estudantes, a porta do local precisou ser arrombada para a retirada dos pertences, já que a faculdade não dispunha da chave. “Reforçamos o teor integral da recomendação e foi pedido esclarecimento da diretoria”, declarou a promotora Silvia.

Denúncias – O caso do Show Medicina veio a público após a denúncia de duas estudantes que disseram ter sido estupradas em festas organizadas por alunos da faculdade. Depois dos relatos, feitos em uma audiência pública na Alesp, foi instaurada uma CPI que durou até março do ano passado e recomendou, em seu texto final, que alunos com histórico de abusos em trotes não pudessem participar de concursos públicos.

Com a repercussão do caso, a Fmusp reagiu: anunciou na época a criação de um Centro de Direitos Humanos, com assistência jurídica, ouvidoria, assistências psicológica e de saúde para apoiar os alunos da instituição que forem vítimas de violência. Também em 2015, um estudante de Medicina acusado de ter estuprado três alunas foi suspenso e impedido de colar grau.

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(Com Estadão Conteúdo)

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