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Perseverança pode elevar desempenho escolar em 30%

Pesquisa mostra que características pessoais como determinação e autocontrole têm influência direta no aprendizado

Por Bianca Bibiano
26 mar 2014, 13h06

Perseverança, autocontrole e determinação podem elevar o desempenho de estudantes em até 30%. A conclusão é de um estudo divulgado pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo a pesquisa, alunos do ensino médio que apresentam mais determinação, por exemplo, do que seus pares de turma obtêm melhor desempenho em matemática.

A pesquisa cruzou resultados da prova do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj), que mede o desempenho em matemática e português, com dados obtidos através de um relatório aplicado a cerca de 25.000 alunos, que traçou um perfil socioemocional dos estudantes. De acordo com os resultados, um aluno mais disciplinado fica, em média, quatro meses e meio adiante de um colega desmotivado no calendário escolar, ainda que ambos tenham a mesma “raça” e idade e condição econômica e familiar semelhantes.

Com base na experiência de outros países, como Suécia e Noruega, além dos resultados obtidos com alunos do Rio de Janeiro, a OCDE afirma que as características pessoais precisam ser mais bem trabalhadas nas escolas. Segundo a instituição, elas contribuem não só no aprendizado, mas também se refletem na vida fora da escola e podem influenciar no mercado de trabalho.

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“O desenvolvimento dos aspectos socioemocionais desde os primeiros anos da educação infantil até o ensino médio é essencial para melhorar o desempenho escolar e deve pautar as discussões dos países sobre seus currículos e formação de professores”, destacou Yves Leterme, secretário-geral da OCDE, durante o lançamento da pesquisa.

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Diante desses dados, o Ministério da Educação (MEC) decidiu financiar bolsas de estudo de doutorado e mestrado para embasar a formação de professores nessa área. “Precisamos entender melhor a influência desses fatores na escola e definir os parâmetros de ensino para depois definir como essas competências serão medidas e como vão influenciar indicadores de qualidade como o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira]”, afirmou Chico Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

A pesquisa também reforçou a constatação de que o ambiente familiar é fator central no desenvolvimento das caracterísiticas pessoais. Crianças que têm mais acesso à literatura em casa, por exemplo, conseguem controlar melhor seus impulsos, tornam-se mais persistentes e avançam 20% a mais na escola que os demais estudantes.

“Os aspectos socioemocionais começam a se desenvolver antes mesmo do nascimento. Por isso, precisamos pensar a partir de agora em políticias públicas que não só ajudem os professores, mas que também abram espaço para a maior participação familiar no desenvolvimento do caráter desses estudantes”, afirma Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes.

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