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MEC gasta R$ 13 mi com livros que trazem erros graves

Alunos de escolas públicas da zona rural do país aprenderam que 10 - 7 = 4

Por Da Redação
4 jun 2011, 13h15

O Ministério da Educação pagou R$ 13,6 milhões para ensinar que 10 – 7 = 4 a alunos de escolas públicas da zona rural do país. No segundo semestre do ano passado, foram distribuídas 200.000 unidades da coleção Escola Ativa com erros graves, destinadas a classes que reúnem alunos de várias séries diferentes.

Ao todo, foram impressos 7 milhões de livros – cada coleção Escola Ativa contém 35 volumes. Os erros foram detectados no início do ano, e um grupo de especialistas contratados pelo ministério julgou que eles eram tão graves, grosseiros e numerosos, que não bastava divulgar uma errata à coleção.

“O número de erros é razoável, isso não se resolve com errata”, reforçou o ministro da Educação, Fernando Haddad, na sexta-feira. Os livros com erros foram distribuídos a 39.732 classes multisseriadas da zona rural, presentes em 3.109 municípios de todos os estados do país. Segundo publicação do MEC, essas classes atendem 1,3 milhão de alunos.

O MEC informou não ter toda a coleção disponível para a consulta em Brasília. Mas, entre os exemplos que condenaram a edição, os erros de matemática são os mais notáveis. Na página 29 do guia 4 de matemática, a Escola Ativa convida os alunos a fazer descobertas com números, na companhia dos personagens Joana e Pedro. A página apresenta uma tabela que mostra 10 – 7 = 4.

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Investigações – Provocado pelo Grupo Estado, Haddad pediu à Controladoria-Geral da República (CGU) a abertura de sindicância para apurar o tamanho do prejuízo e os responsáveis por ele. Ao mesmo tempo, mandou uma carta aos coordenadores de escolas da zona rural recomendando que os livros da coleção Escola Ativa não sejam usados em sala de aula. A coleção também foi retirada do ar na internet.

A CGU deve abrir sindicância na próxima segunda-feira para investigar o caso. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC à ocasião da contratação era André Lázaro, atual secretário executivo da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Na segunda-feira, ele disse que a coleção ficara indisponível para “pequenas correções”. Na sexta, Lázaro pediu demissão.

(Com Agência Estado)

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