Matemática foi o mais difícil na primeira fase da Fuvest
De acordo com o coordenador do Anglo Vestibulares, a prova teve o mesmo nível de dificuldade do ano passado
A primeira fase do vestibular da Fuvest 2011, realizada neste domingo, apresentou uma prova bem elaborada e exigente para os candidatos que desejam uma das 10.752 vagas em jogo na Universidade de São Paulo e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Apesar de ter contado com o mesmo nível de dificuldade do exame do ano passado, dizem especialistas, as questões de matemática e de inglês foram mais trabalhosas do que o normal. “As questões de matemática foram, sem nenhuma dúvida, as mais complicadas”, explicou Nicolau Marmo, coordenador geral do Anglo Vestibulares.
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Segundo ele, as dez questões traziam perguntas sobre trigonometria e geometria, mas não exigiam muitas contas. “Foi necessário muito raciocínio lógico, saber pensar em cima dos problemas que eram propostos. Não foi fácil resolver”, afirmou o professor. Em inglês, o problema foram os textos mais complexos, com vocabulários mais específicos e palavras que nem sempre são conhecidas por alunos de nível intermediário na língua inglesa, o que é exigido para os candidatos que prestam o exame.
Em contrapartida, diz o professor, a parte mais fácil do exame foi a prova de biologia, com muitas questões sobre ecologia, de simples resolução. “Os candidatos bem preparados não tiveram problemas. Foi uma parte muito tranquila da prova”. Química e física também mantiveram o padrão do ano passado, com conceitos tradicionais e muitos assuntos abordados.
A prova de geografia foi uma das mais elogiadas pelos professores do Anglo Vestibulares. “A prova confirmou nossas expectativas. Foi muito bem elaborada e abordou diversos temas, como geografia física, social e atualidades, e não estava muito complicada”. Marmo afirmou que as questões interdisciplinares – típicas da Fuvest – exigiram muito de geografia. “Elas utilizam geralmente duas disciplinas, e geografia estava em praticamente todas as questões desse tipo”.
Uma das principais queixas dos alunos, quanto ao tamanho dos textos em história e português, não tem procedência na prova da Fuvest deste ano, diz o professor. Segundo ele, os textos eram concisos, apesar de exigirem mais preparo e capacidade de leitura. “A compreensão e interpretação de textos foram exigências de primeira necessidade. O aluno precisava estar atento a cada detalhe, já que não havia tanto material para ser lido”.
Ressalva – A crítica quanto à prova da Fuvest 2011 foi em relação às questões de história. “A maior parte das perguntas era de história geral. Das dez questões, apenas duas eram de história do Brasil e isso acaba desequilibrando o desempenho dos alunos. Quem sabe mais de história do Brasil acabou saindo prejudicado”.