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Haddad tenta minimizar erros e suspensão do Enem

Ministro da Educação culpa gráfica por falha de impressão e defende a realização de nova prova, apesar de negativa da Justiça

Por Luciana Marques
8 nov 2010, 18h25

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, em Brasília, o ministro da Educação, Fernando Haddad, tentou minimizar a importância da decisão da Justiça Federal do Ceará que suspendeu temporariamente o Exame Nacional do Ensino Médio em todo o país devido a erro de impressão em um lote de 21.000 exemplares da prova realizada no sábado. Ele disse que esta não é a primeira vez que liminares suspendem avaliações de relevância nacional. “Uma ocorrência deste tipo não é um fato novo, acontece com alguma frequência em exames deste porte”, declarou. Pela primeira vez, contudo, ele admitiu que o exame precisa evoluir: “Há que se reconhecer que é possível fazer mais”.

O ministro disse que tentará convencer a juíza Carla de Almeida Miranda Maia, responsável pela decisão judicial, a rever sua decisão. Segundo o ministro, o MEC vai esclarecer à Justiça que é possível realizar um novo exame somente com os estudantes que não tiveram suas provas com defeito trocadas – a liminar da magistrada, contudo, proíbe temporariamente a marcação da nova avaliação. “Vamos tentar sensibilizar a juíza e, eventualmente, recorrer da decisão, se for o caso”, afirmou.

Para sustentar essa versão, Haddad explicou que o Enem é realizado nos moldes da teoria da resposta ao item (TRI). O método garantiria que diferentes provas apresentem aos candidados o mesmo grau de dificuldade. Isso afastaria, segundo o ministro, a hipótese de que quaisquer dos grupos de estudantes sejam prejudicados devido à realização de novo exame apenas pelos que viveram o problema no sábado. “Essas provas são rigorosamente comparáveis. Não há nenhuma incompatibilidade. TRI é nossa salvaguarda, é a possibilidade de nova edição sem que haja quebra da isonomia”, disse.

De acordo com Haddad, no ano passado estudantes do Espírito Santo também tiveram que realizar um novo exame por causa de enchentes no estado. Provas realizadas em presídios, segundo o ministro, também ocorreram em datas distintas.

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Haddad defendeu ainda que o número de provas com erro foi irrelevante, já que, segundo ele, apenas 0,03% do montante dos exames impressos continha falhas. O ministro se encontrou na manhã desta segunda-feira com representantes da gráfica responsável pela impressão dos testes para averiguar os problemas ocorridos. “Estamos apurando caso a caso, queremos contemplar 100% dos estudantes”, disse. Haddad cancelou a viagem que faria a Moçambique ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira devido aos problemas do Enem.

Questionado pelo site de VEJA acerca do efeito de mais um problema no Enem sobre sua eventual ambição de se manter no cargo no governo Dilma Rousseff, Haddad saiu pela tangente. “Até o dia 31 de dezembro estamos trabalhando para garantir o direito dos estudantes”, afirmou. Esta é a primeira vez que o ministro fala em público depois dos problemas ocorridos no fim de semana. Entre as falhas, houve erro de impressão e vazamento do conteúdo da prova por estudantes por meio de mensagens de celular.

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