Após 11 dias, professores mantêm greve no Paraná
Paralisação continua mesmo após uma reunião de quatro horas entre representantes do governo e dos professores
*Atualizado às 15h16
A greve de 11 dias dos professores do Paraná continua. Mesmo após uma reunião de quatro horas entre representantes do governo e dos professores, no Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, não houve um acordo. O encontro foi realizado na quinta-feira. O fim da paralisação tem nova chance de se concretizar nesta sexta-feira, quando um novo encontro entre docentes e governo será realizado nesta manhã no mesmo local. Os professores cruzaram os braços no dia 9, marcado para ser o primeiro dia de aula na rede estadual.
Apesar de não haver total consenso, houve alguns acordos entre as partes. No final da reunião, o governo se comprometeu a fazer o pagamento dos 29.000 professores contratados em regime de Processo Seletivo Simplificado (PSS) já na próxima terça-feira, o que custará aos cofres públicos o equivalente a 84 milhões de reais. Também ficou acordado que não serão encaminhadas as medidas de austeridade previstas em dois projetos de lei apresentados pelo governador Beto Richa (PSDB). O pacote chegava a mexer em 8 bilhões de reais da verba destinada aos servidores.
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Após um confronto com a polícia na semana anterior ao Carnaval, representantes dos servidores chegaram a ocupar o interior da Assembleia Legislativa no objetivo de derrubar os projetos de Richa. Ficou definido que cada tema será explicitado e que projetos diversos deverão passar pelas comissões regulares. O governo também se comprometeu a não colocar em votações projetos que tratem da previdência dos servidores sem antes discutir com a categoria.
Distrito Federal – Os professores ligados à rede pública do Distrito Federal também planejam entrar em greve na próxima segunda-feira. Na data, deverá começar o ano letivo das escolas públicas, porém, docentes marcaram uma assembleia para a data para discutir o indicativo de greve.
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro – DF) afirma que o governo precisa pagar 120 milhões de reais em benefícios atrasados aos docentes. O governo chegou a sugerir o pagamento parcelado, mas o grupo exige pagamento à vista.
(Com Estadão Conteúdo)