Apesar de bem formulada, provas da segunda fase avaliam o aluno de maneira inadequada
Coordenador do Curso Anglo afirma: questões da Fuvest são criativas, mas erram ao testar os conhecimentos específicos dos candidatos
“A prova foi bem elaborada e criativa, mas as poucas questões de cada disciplina não são suficientes para avaliar o conhecimento específico de um aluno” – Nicolau Marmo, coordenador do Curso Anglo
As questões da segunda fase são bem formuladas, só que falham ao avaliar o vestibulando da maneira adequada. “A prova foi criativa, mas as poucas questões de cada disciplina não são suficientes para avaliar o conhecimento específico de um aluno”, diz o professor Nicolau Marmo, coordenador do Anglo Vestibulares. “É impossível se aprofundar.”
O teste desta segunda-feira, o segundo dia de provas, era composto de 20 questões sobre disciplinas que constituem o núcleo comum do ensino médio (história, geografia, matemática, física, química, biologia, inglês).
Das vinte perguntas de dificuldade média, catorze foram divididas nas disciplinas clássicas do Ensino Médio. As demais eram interdisciplinares.
De acordo com o professor, a maior crítica do teste nesta segunda fase é o modelo de avaliação adotado pela universidade. “Português, por exemplo, vale o triplo de biologia, mesmo para quem concorre uma vaga no curso de medicina”. Em engenharia é ainda pior. “Português vale o triplo de matemática”, conta, indignado, o coordenador.
Nesta terça-feira, ocorre a terceira prova da segunda fase do vestibular. Para Marmo, a decisão de substituir física por geografia, no teste de medicina, comprometerá ainda mais a avaliação geral do aluno. “A falta de abrangência interfere na colocação geral dos candidatos e isso faz com que os aprovados cheguem na universidade sem uma base sólida para acompanhar o curso.”