Nelson Barbosa, o lado ‘Mantega’ da equipe econômica
Ex-secretário do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Barbosa é reconhecido por seu poder de interlocução entre governo e mercado
Anunciado oficialmente como futuro ministro do Planejamento nesta quinta-feira, Nelson Barbosa é figura conhecida no governo. Foi secretário-executivo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, entre 2011 e 2013, período em que sempre teve proximidade com a presidente Dilma Rousseff (PT). Seguidor da escola desenvolvimentista, que se apoia no uso do estado como indutor do crescimento, tem a simpatia de petistas, mas também bom trânsito entre agentes do mercado.
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Lobby de Nelson Barbosa no Ipiranga foi em vão
Barbosa chegou a ser cotado como sucessor de Mantega ainda durante os primeiros anos do governo Dilma. A hipótese ganhou força nos últimos meses, quando ele se mudou para São Paulo, onde passou a integrar os quadros da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e a frequentar o bairro do Ipiranga, onde Lula mantém seu quartel – o instituto que leva seu nome. O lobby, no entanto, foi em vão, já que o escolhido para comandar a Fazenda foi Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro Nacional. A nomeação de Barbosa é vista, inclusive, como um possível contraponto à esperada gestão conservadora de Levy, conhecido por seu perfil ortodoxo.
Além de ter ocupado a Secretaria Executiva da Fazenda, Barbosa foi secretário de Acompanhamento Econômico (2007- 2008) e secretário de Política Econômica (2008-2010). Foi também presidente do Conselho do Banco do Brasil (2009-2013) e membro do Conselho de Administração da Vale (2011-2013). Suas experiências no governo incluem passagens pelo Banco Central do Brasil (1994-97), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2005-06) e Ministério do Planejamento, (2003). Barbosa é ainda doutor em Economia pela New School for Social Research (Nova York, EUA).
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