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Montadoras darão férias coletivas para mais de 15 mil trabalhadores em setembro

Uma das principais vítimas da crise econômica, empresas do setor automotivo anunciaram paralisação das atividades no próximo mês

Por Da Redação
27 ago 2015, 12h54

Sem sinais de recuperação no mercado e com altos estoques, mais um grupo de montadoras anunciou cortes de produção em setembro. Com isso, pelo menos 15.600 trabalhadores terão férias forçadas no próximo mês.

Além de férias, novos programas de lay-off (suspensão de contratos por até cinco meses) estão sendo anunciados. A fabricante de caminhões Iveco colocará em lay-off 300 trabalhadores da linha de caminhões pesados na fábrica de Sete Lagoas (MG) a partir do dia 16. Há outros 6.000 operários de várias montadoras nessa condição.

General Motors, Mitsubishi e Volkswagen darão férias coletivas. Nos próximos dias, outras empresas devem anunciar paradas, aproveitando o feriado da Independência, no dia 7.

A Mitsubishi decidiu antecipar as férias de fim de ano e dispensará boa parte dos 3.000 funcionários da fábrica de Catalão (GO) de 14 de setembro a 3 de outubro. A Volkswagen dará férias de 20 dias a cerca de 450 trabalhadores em São José dos Pinhais (PR) a partir do dia 1º. O grupo estava em lay-off há cinco meses e retornou ao trabalho nesta semana, segundo o sindicato dos metalúrgicos local.

A Volkswagen informou que “tem feito uso de ferramentas de flexibilização para adequar o volume de produção à demanda do mercado”. A General Motors vai suspender toda a operação do complexo de Gravataí (RS), onde trabalham 9.000 pessoas, entre os dias 7 e 27.

Estarão ainda fora das fábricas no próximo mês os 3.000 trabalhadores da Fiat de Betim (MG) que entraram em férias na última segunda-feira e só retornam no dia 14. Na Chery, de Jacareí (SP), 200 operários também iniciaram férias na segunda-feira e voltam no dia 8.

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Os cortes começaram a ser comunicados por telegrama na sexta-feira, quando os 7.000 trabalhadores da área de produção da Mercedes ainda estavam em férias coletivas. Eles deveriam retomar as atividades na segunda-feira, mas decretaram greve por tempo indeterminado. “Ainda há trabalhadores recebendo os avisos de demissão por correio”, afirma Sérgio Nobre, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A Mercedes emprega 10.000 pessoas e alega ter mais de 2.000 excedentes, pois opera com 50% de sua capacidade produtiva. Recentemente a montadora de caminhões e ônibus já havia dispensado 500 trabalhadores. Segundo o sindicato, não há reunião agendada com a empresa. Os trabalhadores querem negociar a adoção do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que prevê redução de jornada e salários em até 30%.

A empresa, contudo, diz que, além do PPE, “são necessárias outras medidas de contenção de custos de pessoal, como reposição parcial da inflação no próximo ano, para enfrentar a crise econômica e continuar a gerenciar o excesso de pessoas”. Só neste ano as montadoras demitiram 8.800 trabalhadores. Até julho, a produção de veículos caiu 18,1% ante 2014.

A GM anunciou 798 demissões em São José dos Campos, mas na semana passada suspendeu os cortes e colocou esse pessoal em lay-off por cinco meses, após greve dos trabalhadores.

(Com Estadão Conteúdo)

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