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Integração regional, infraestrutura e comércio são os destaques no Fórum Econômico Mundial

Em um dos primeiros painéis, “Desequilíbrios macroeconômicos e comerciais”, a conclusão dos participantes foi que as commodities devem ter o papel de equilibrar as economias dos países latino americanos

Por Beatriz Ferrari
28 abr 2011, 19h28

Entre os debates do primeiro dia do Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina, que acontece nestas quinta e sexta-feira no Rio de janeiro, questões como a integração regional, infraestrutura e a transformação do capital proveniente da exportação de commodities em desenvolvimento sustentável foram os destaques.

Em um dos primeiros painéis, “Desequilíbrios macroeconômicos e comerciais”, a conclusão dos participantes foi que as commodities devem ter o papel de equilibrar as economias dos países latino americanos. “Nós concordamos que o capital que entra através das commodities deve ser usado para viabilizar investimentos de longo prazo e corrigir questões como segurança e educação”, afirmou Dino Patti Djalal, embaixador da Indonésia nos Estados Unidos e um dos debatedores. Na visão de Djalal, uma outra maneira de corrigir desequilíbrios na região é a integração entre os países. “Na Ásia se faz isso, mesmo com mares entre os países. Aqui não existe mar entre as fronteiras e essa integração não acontece”, avalia.

No painel “O novo caminho do Brasil”, a integração regional foi o tópico-chave. Na visão de Sir Martin Sorrell, co-presidente do evento, ainda há um desafio grande de integrar o Brasil à região, tanto econômica quanto culturalmente. Apesar dessa distância, José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, acredita que se o Brasil conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a América Latina estaria representada. “O maior país da região está lá. É a coisa mais certa a se fazer”, afirmou. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, não quis fazer previsões sobre uma possível conquista da cadeira na ONU, mas garantiu que a integração é uma vontade do governo. “Nosso futuro é a ligação com a América do Sul”, disse.

Infraestrutura -Uma das necessidades mais críticas do Brasil e da região, a infraestrutura, foi o tema de um dos painéis vespertinos, com a participação de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e atual presidente da Autoridade Olímpica Pública. Para ele, a solução passa por uma mudança na forma dos países organizarem seus investimentos. “Temos bons exemplos de como gerenciar bem esse capital com concessões, privatizações. Novos modelos dos aeroportos são um exemplo”, explicou.

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Em coro com sua avaliação, Felipe Jens, presidente da Odebrecht, defendeu novos modelos de gestão de investimentos em infraestrutura, com maior participação do setor privado, sobretudo as parcerias público-privadas (PPPs). “A palavra privatização era proibida no Brasil. Isso está mudando. Temos tantos desafios que seria melhor se quando a iniciativa privada quisesse investir, o governo permitisse e não competisse”, afirmou.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que não participou oficialmente deste painel, quando convidado a participar da discussão, deu ênfase à atuação do governo com relação aos aeroportos. “O governo vai garantir um processo rápido das obras em andamento nos aeroportos estratégicos no país, para evitar gargalos”, disse.

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