Helicópteros do Cruzeiro do Sul encalham em leilão
Valor mínimo de 35,45 milhões de reais não teve adesão de interessados
Ninguém quis os helicópteros do Banco Cruzeiro do Sul levados a leilão na quinta-feira pelo valor mínimo total de 35,45 milhões de reais. A intenção era levantar recursos para abater um pedaço do rombo da instituição, que está sob intervenção do Banco Central (BC) desde o início de junho. Eram três aeronaves, mas não houve um único lance durante o pregão.
De acordo com executivos do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o administrador do Cruzeiro do Sul, os helicópteros serão reavaliados e colocados à venda novamente.
No pregão de quinta-feira, dois Eurocopter EC 145, com capacidade para oito passageiros e dois tripulantes, tiveram o lance mínimo inicial fixado em 16,1 milhões de reais cada um. O valor do terceiro helicóptero, um Esquilo B2, seis lugares, era 3,25 milhões de reais.
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Sob Regime de Administração Especial Temporária (Raet), decretado pelo BC em 4 de junho, o Cruzeiro do Sul tem um rombo da ordem de 2,5 bilhões de reais. Os números precisos devem ser divulgados na semana que vem.
Investidores de dois fundos do Cruzeiro do Sul – BCSul Verax 5 Platinum e BCSul Verax Equity – realizaram na quinta-feira assembleia para decidir o que farão, visto que há dúvidas sobre o lastro de ambos. Todo o patrimônio – cerca de 450 milhões de reais – está aplicado na Patrimonial Maragato, uma empresa que pertence aos antigos controladores do Cruzeiro do Sul. A comissão criada para analisar o problema terá agora mais 20 dias para obter informações. Os cotistas voltarão a se reunir no dia 29 de agosto.
(Com Agência Estado)