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Fracassa a nova tentativa de acordo para o resgate grego

Depois de doze horas de reunião, 'detalhes técnicos' impediram os ministros da eurozona de definir a data para o desembolso da próxima parcela da ajuda

Por Da Redação
21 nov 2012, 02h56

Depois de doze horas de reunião em Bruxelas, na Bélgica, os ministros das Finanças da eurozona, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) fracassaram já na madrugada desta quarta-feira em mais uma tentativa de alcançar um acordo sobre o resgate grego.

Segundo o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, “detalhes técnicos” impediram um consenso sobre a nova parcela de ajuda emergencial para Atenas. Uma nova reunião foi agendada para a próxima segunda-feira.

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Sem data para a ajuda – “Estamos perto, mas é preciso realizar verificações técnicas e fazer cálculos financeiros. Como isso já não era possível a essa hora do dia, interrompemos a reunião”, indicou Juncker, ao término do encontro. O presidente do Eurogrupo confessou que não sabe quando o montante de 31,5 bilhões de euros da parcela de ajuda à Grécia será liberado.

Como consequencia do atraso na liberação do resgate, a Grécia precisou captar 5 bilhões de euros no mercado para quitar dívidas de curto prazo na semana passada.

Os ministros das Finanças da eurozona buscam alternativas para reduzir a dívida pública da Grécia, que deverá aumentar para 189% do PIB no próximo ano. O programa de resgate do país tem como objetivo reduzir o déficit para 120% do PIB até 2020, nível considerado sustentável pelos sócios internacionais. Os ministros da eurozona defendem prolongar esse prazo em dois anos, proposta que encontra resistência no FMI.

Ao final da reunião, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, assinalou que o Eurogrupo está perto de fechar o buraco fiscal da Grécia, mas ressaltou que ainda há trabalho a ser feito para alcançar um acordo sobre a questão.

Pós-encontro – A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou a parlamentares em uma reunião a portas fechadas nesta quarta-feira que taxas de juros mais baixas e uma ampliação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) podem suprir o déficit financeiro da Grécia, disse à Reuters uma fonte presente ao encontro.

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Merkel falou aos parlamentares depois que os ministros das Finanças da Europa, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) falharam pela segunda semana seguida em alcançar um acordo para liberar nova ajuda à Grécia. Eles vão se reunir novamente na segunda-feira.

Merkel disse na reunião que as garantias do EFSF podem ser elevadas em 10 bilhões de euros e que a Alemanha irá assumir sua fatia nisso, de acordo com o participante da reunião. Membros diferentes da zona do euro podem ajudar a Grécia de diferentes maneiras, disse ela, segundo a fonte.

Instabilidade do euro – Reportagem do El País traz o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, falando nesta quarta-feira que a estabilidade do euro depende de um acordo para liberar a ajuda financeira à Grécia (31,3 a 44 bilhões de euros). “Nossos sócios e o FMI têm o dever nos próximos dias não apenas de ajudar nosso país, mas também manter a estabilidade da zona do euro”, destacou. “Qualquer dificuldade para encontrar uma solução técnica não é desculpa para nenhum atraso ou afrouxamento”, completou. Ele falou ainda que a Grécia tem feito tudo o que se comprometeu e que seus sócios europeus precisam cumprir o que eles se comprometeram a fazer.

(Com agência EFE e Reuters)

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