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Ex-funcionários da Vasp começam a receber créditos trabalhistas

Até o fim do ano, R$ 312 milhões devem ser pagos. É a primeira vez que valores devidos a ex-empregados de uma empresa falida são pagos com recursos do antigo dono

Por Da Redação
4 set 2015, 13h06

A primeira leva de ex-empregados da falida Vasp recebeu nesta quinta-feira os créditos trabalhistas devidos pela companhia aérea no valor total de 40 milhões de reais. O montante faz parte dos 312 milhões de reais que serão distribuídos aos ex-funcionários por determinação da Justiça. Nesta quinta-feira, em cerimônia simbólica no Fórum Ruy Barbosa, em São Paulo, o primeiro alvará de pagamento destinado a 536 trabalhadores foi entregue nas mãos do advogado Carlos Duque Estrada, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.

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No país, é a primeira vez que empregados de uma empresa que declarou falência conseguem receber um valor devido a partir de recursos que não pertenciam à massa falida. Os 312 milhões de reais foram rateados pela venda de uma fazenda que pertencia a Wagner Canhedo, ex-controlador da empresa que chegou a ser preso este ano pela Polícia Federal.

Entre os beneficiários, está a ex-comissária de bordo Maria Cristina Teixeira de Carvalho Borchardt, que com o marido, morto há cinco anos, esperava o pagamento de direitos trabalhistas desde 1972, quando o Sindicato dos Aeronautas entrou com uma ação coletiva para corrigir perdas salariais de quem foi transferido dos antigos aviões a hélice para aeronaves a jato. “Demos o sangue pela empresa e na hora de pagar nossos direitos, fazem isso. Meu marido morreu, outros amigos morreram, outros estão doentes e ainda não receberam”, disse Maria Borchardt.

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A transferências de bens para o pagamento das dívidas trabalhistas ocorreu em razão de uma ação civil pública de 2005, proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O advogado Duque Estrada considerou o pagamento como um marco histórico, uma vez que é tradição no país as empresas falidas não reembolsarem os funcionários. “Que isso sirva de exemplo para o país, porque aqui a Justiça está sendo feita”, afirmou.

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