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Brasil repatria R$ 87 milhões enviados por Barusco à Suíça

Segundo o Ministério Público, a maior parte do montante é referente a pagamentos de propina pela fabricante de sondas SBM

Por Da Redação
30 abr 2015, 18h26

Cerca de 87 milhões de reais enviados pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco para contas na Suíça, a maior parte referente a pagamentos de propina pela empresa de sondas SBM, foram repatriados para o Brasil, informou o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro nesta quinta-feira.

De acordo com os procuradores do Rio de Janeiro, que cuidam do caso envolvendo propina paga pela fornecedora de sondas holandesa SBM e não das investigações da Operação Lava Jato, os recursos foram recebidos como propina por Barusco entre 1999 e 2012.

O órgão informou que o valor repatriado já está depositado em uma conta bancária da Caixa Ecônomica Federal e à disposição da Justiça Federal do Rio de Janeiro. “Vamos pedir à Justiça Federal do Rio de Janeiro para intimar a Petrobras sobre esse valor e, certamente, a empresa terá o interesse de recuperá-lo”, disse o procurador federal Renato Silva de Oliveira.

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A companhia de plataformas, que já manifestou culpa no processo, celebrou em meados de março com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) memorando de entendimentos que pode levar a um acordo de leniência relativo ao pagamento de propina para funcionários da Petrobras.

A Petrobras afirmou anteriormente que esperava receber parte dos recursos desviados em maio. “Em princípio, os valores referentes ao Pedro Barusco foram recuperados por nós e pela Justiça do Paraná num total de 97 milhões de dólares (incluindo recursos de corrupção investigados pela Lava Jato)”, disse Oliveira.

O dinheiro já havia sido bloqueado pelo Ministério Público da Suíça, que atendeu a um pedido dos procuradores para que a verba retornasse ao Brasil. “A medida alcançada é fundamental no combate a crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro”, declarou o MPF em nota.

Pedro Barusco exerceu cargos de gerência na Diretoria de Exploração e Produção de 1995 a 2003, quando assumiu o cargo de gerente-executivo de engenharia na Diretoria de Serviços da Petrobras.

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O MPF-RJ realiza outras investigações de supostos malfeitos que possam ter sido cometidos por outros funcionários da estatal e por empresas que tinham negócios com a petroleira. A expectativa da procuradoria é, no futuro, poder repatriar mais recursos. A Suíça congelou, ao todo, 400 milhões de dólares em função das investigações envolvendo o escândalo da Petrobras. “Acreditamos na possibilidade de recuperação de outros valores, a investigação não terminou e podemos recuperar mais recursos”, declarou o procurador.

“A recuperação dos recursos do Pedro Barusco foi acelerada por conta da colaboração do Barusco, mas normalmente a repatriação é demorada”, afirmou o procurador Oliveira, referindo-se ao processo de delação premiada do ex-executivo.

(Com Reuters)

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