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Youssef diz que também fazia caixa dois para empreiteiras da Lava Jato

Em depoimento na Justiça Federal, doleiro afirmou que arrecadou cerca de R$ 180 milhões para distribuir propina no esquema de corrupção da Petrobras

Por Daniel Haidar
30 abr 2015, 00h15

O doleiro Alberto Youssef afirmou em depoimento à Justiça Federal nesta quarta-feira que não só providenciava o pagamento de propina para empresas do clube do bilhão, como também ajudava as empreiteiras a formar um “caixa dois”. “Cheguei a fazer caixa dois para essas empreiteiras. Quando era dinheiro de caixa dois, entregava para as empreiteiras. Quando era propina, entregava ao Paulo Roberto (Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras) ou a quem mandassem que entregasse”, afirmou Youssef.

Ele depôs como réu nas cinco ações movidas contra executivos da OAS, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Engevix, UTC e Camargo Corrêa. O doleiro teve de detalhar e confirmar acusações feitas em depoimento do acordo de delação premiada, pelo qual ajudou o Ministério Público Federal e a Polícia Federal nas investigações em troca de uma eventual punição mais branda pela Justiça. Apesar de não ter nenhuem executivo acusado na Lava Jato, a Odebrecht, que continua a ser investigada, também foi citada por Youssef quando ele recorreu aos serviços dos doleiros Leonardo Meirelles e Nelma Kodama para a realização de pagamentos de propina no exterior e no país.

Alberto Youssef também disse que o pagamento de propina era “sistemático” nos contratos fechados pelo clube do bilhão na Petrobras. Ele estimou que arrecadou entre 180 milhões de reais das empreiteiras para distribuir o subor no esquema de corrupção. “Em torno de uns 150, 180 milhões de reais. Que tenha ficado para mim foi em torno de uns 7 e 8 milhões de reais”, afirmou.

“Era algo sistêmico. A partir do momento que a empresa ganhava o pacote, já sabia que teria de pagar propina. Logo depois do ganho, era procurada pelo deputado ou pelo Paulo Roberto para sentar e negociar”, acrescentou. Youssef diz ter atuado como interlocutor das empreiteiras de propinas da Petrobras de 2005 a 2012, embora tenha reconhecido que até 2014 continuam a providenciar pagamentos de propina “atrasados”.

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