Brasil cria 41.463 vagas em julho — pior resultado para o mês em 10 anos
Na comparação com julho de 2012, houve queda de 70,9%, quando haviam sido criadas 142.496 vagas
O Brasil registrou abertura de 41.463 vagas formais de trabalho em julho, pior resultado para o mês desde 2003, quando a abertura de vagas somou 37.233, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira.
O resultado ficou bem abaixo das expectativas de analistas de mercado, cuja mediana das projeções era de abertura de 100 mil vagas no mês passado. O saldo de julho é resultado de 1.781.308 admissões e de 1.739.845 demissões.
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Na comparação com julho de 2012, houve queda de 70,9%, quando haviam sido criadas 142.496 vagas. Em junho deste ano, os novos postos somaram 123.836.
Entre janeiro e julho, foram abertas 918.193 vagas com carteira assinada, o que representa uma queda de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de 1,36 milhão de postos. O número acumulado no ano foi o mais baixo desde 2009, período em que o país ainda digeria os efeitos da crise financeira mundial. À época, haviam sido criados 397.936 empregos com carteira assinada.
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Os números do acumulado do ano foram ajustados pelo Ministério do Trabalho para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de junho). Os dados de julho ainda não possuem ajuste.
Setores – O setor de serviços liderou a criação de empregos no ano, com 384.190 vagas abertas, ante 692 mil no mesmo período do ano passado. Já a indústria de transformação foi responsável pela contratação de 198.332 trabalhadores no período.
A construção civil abriu 146.638 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a julho, enquanto o setor agrícola criou 139.350 empregos e o comércio fechou 3,3 mil vagas formais de janeiro a julho de 2013, contra 399 mil vagas abertas nos sete primeiros meses de 2012.