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Alta de 2% ao ano para o PIB brasileiro já indica aquecimento, diz Persio Arida

O peso do estado na economia e a política fiscal expansionista são dois fatores que levam o ex-presidente do BC e sócio do BTG acreditar que país cresce mais do que poderia

Por Ana Clara Costa
30 ago 2013, 14h47

No dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou um crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano – número acima das expectativas do mercado mas ainda muito abaixo do que seria necessário para representar a retomada da aceleração econômica -, o economista Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central e atual sócio do banco BTG Pactual, afirmou que a economia do país segue superaquecida. Segundo Arida, sinais como inflação próxima do teto da meta do BC (de 6,5%), situação de pleno emprego e taxa de juros em trajetória de alta indicam que o desempenho econômico está mais aquecido do que seu potencial.

Arida, que falou na manhã desta sexta-feira no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, não acredita que o crescimento atual, mesmo que acima do potencial, seja satisfatório. Mas, segundo ele, considerando a política fiscal expansionista executada pelo governo, o peso do estado na economia e o câmbio em patamar desvalorizado, uma alta de 2% ao ano para o PIB brasileiro é um porcentual que indica aquecimento.

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Para atingir um crescimento maior sem despertar o dragão inflacionário, o economista defende um expediente de ajuste monetário politicamente impopular, mas que, segundo ele, será a única forma de impulsionar um crescimento maior e sustentável. Segundo Arida, o país terá de conviver com um patamar mais alto de desemprego, entre 6% e 7% (o índice atual é de 5,6%), amargar uma subida mais acelerada dos juros e um ajuste fiscal para conseguir deter a inflação e supultar, mesmo que momentaneamente o superaquecimento. “A única forma de se conseguir isso é reduzindo o tamanho do estado na economia. É receita antiga”, disse.

A receita do economista vai contra a política expansionista aplicada pelo atual governo, sobretudo em período de corrida eleitoral – e também contraria a ideologia petista de transformar o estado no maior indutor do crescimento. A teoria ortodoxa de Arida é pouco provável num governo como o atual porque pode causar, num primeiro momento, contração econômica. Outro passivo impopular que poucos governantes estariam dispostos a aturar é a queda do emprego em detrimento do controle inflacionário.

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