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Bolsas sobem na expectativa de anúncio do Fed

Banco Central americano deverá se pronunciar esta tarde sobre como poderá atuar para a melhora do cenário dos Estados Unidos

Por Da Redação
9 ago 2011, 10h35

Após o caos nos mercados na segunda-feira, as bolsas de Nova York abriram em alta nesta terça, enquanto esperam o comunicado que será divulgado depois da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Às 11 horas, o índice Dow Jones operava em alta de 1,56%, enquanto o Nasdaq subia 1,98% e o S&P 500, 1,77%. No Brasil, o principal índice da BM&FBovespa, o Ibovespa, era negociado em alta de 3% no mesmo horário – após acumular perdas de mais de 8% no dia anterior.

O desempenho positivo das bolsas do continente americano se dá não só pela alta expectativa em relação ao anúncio do Fed, mas também devido à busca por barganhas de mercado. Com as quedas abruptas verificadas nesta segunda-feira, muitos investidores aproveitam a abertura do pregão para reforçar suas posições em empresas que tiveram suas ações castigadas. Essa busca por ativos baratos fez com que as bolsas europeias, que operavam em forte queda, reduzissem suas perdas ao longo do dia, assim que o pregão americano abriu.

Às 11 horas, o indicador FTSE 100, da bolsa de Londres, subia 0,45%, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, avançava 0,7%. Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX 30, que chegou a cair mais de 6% ao longo da manhã, reduziu suas perdas para 0,74%. Nos mercados asiáticos, no entanto, o dia foi permeado de quedas. A bolsa de Tóquio fechou em baixa de 1,68%, enquanto a de Hong Kong recuou 5,6%.

Expectativa – O que se espera do Fed nesta terça-feira é alguma sinalização de que o banco central está pronto para agir se preciso. No lado dos juros, não há mais munição para estimular o crescimento, uma vez que as taxas estão na faixa de 0% a 0,25% desde dezembro de 2008. Um das alternativas, no entanto, é colocar em prática um novo programa de compra de títulos para dar mais liquidez no mercado, chamado de “afrouxamento quantitativo” (quantitative easing). A últma recompra, que terminou em junho, injetou 600 milhões de dólares na economia americana.

“Comprar ativos seria talvez um dos remédios mais prováveis neste momento, mas não vemos o Fed pronto para dar este passo ainda, tendo em vista que ele ainda espera que a recuperação se acelere no segundo semestre”, explicou o diretor para EUA do Barclays Capital, Michael Gapen.

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Outra opção seria, por exemplo, estender o prazo dos títulos do Tesouro (Treasuries). A economista Terry Sheehan, da consultoria Stone & McCarthy, lembrou que o prazo médio do portfólio do Fed está abaixo de cinco anos. “O Fed pode ajustar seus títulos para talvez sete anos. Essa ação possivelmente teria pouco impacto negativo e poderia ser boa para ajudar a economia a passar por um momento difícil sem que o Fed tenha de aumentar o tamanho do seu portfólio. E ajudaria a assegurar ao mercado que o Fed é capaz de tomar ações efetivas”, afirmou.

Dados fracos – Nesta terça-feira saíram dados de produtividade e custo da mão de obra no país. A produtividade da mão de obra nos EUA caiu 0,3% no segundo trimestre, depois de cair 0,6% no trimestre anterior, enquanto o custo da mão de obra teve aumento anual de 2,2% no segundo trimestre, ante alta de 4,8% no primeiro trimestre, ambos os dados em linha com as estimativas de analistas.

(Com Agência Estado)

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