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À espera do Fed, emergentes passam por ‘turbulência’

Na véspera da divulgação de ata, que pode anunciar o fim dos estímulos monetários, faz com que moedas se desvalorizem e BCs aumentem juros

Por Da Redação
20 ago 2013, 16h46

Os temores diante da expectativa de que os Estados Unidos coloquem fim aos estímulos monetários fez com que a rúpia indiana atingisse a mínima recorde, os mercados indianos tombassem e a Turquia elevasse a taxa de juros para conter a desvalorização de sua moeda. Os mercados emergentes já estão antecipando há algum tempo as consequências do fim da política do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), mas a situação tem se agravado nesta semana.

No Brasil, o dólar tem disparado, chegando a bater 2,42 reais durante a sessão de segunda-feira. Os juros futuros também sofreram distorções diante da situação de turbulência. Tal cenário fez com que o Banco Central e o Tesouro agissem juntos na manhã desta terça-feira por meio de leilões.

Na quarta, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed vai divulgar a ata de sua última reunião, realizada no final de julho. O mercado aguarda ansiosamente o documento para saber se haverá sinais de proximidade do fim dos estímulos econômicos. Para tentar levantar a economia dos EUA, o Fed injeta mensalmente 85 bilhões de dólares no mercado por meio da compra de ativos financeiros.

A ata da reunião de julho do Fed pode dar indicações sobre se o banco central norte-americano deve começar a reduzir, já no próximo mês, as compras mensais de títulos.

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Com o fim dessa política os juros dos títulos da dívida norte-americana sobem e tendem a atrair mais investidores. Por consequência, os emergentes tornam-se menos atrativos.

Indonésia – Mercados emergentes que são dependentes de capital estrangeiro têm sofrido o peso das vendas generalizadas. Na Indonésia, a rúpia caiu 2%, para 10.700 por dólar, seu nível mais baixo desde 30 de abril de 2009. Já o índice de ações referencial de Jacarta, que chegou a despencar 5,8%, perdeu 3,2% nesta terça-feira.

A maior economia do sudeste da Ásia assustou os mercados na sexta-feira ao divulgar um déficit maior do que o esperado de sua conta corrente. Josua Pardede, economista do Bank Internasional Indonesia em Jacarta, afirmou que o banco central indonésio pode ter que elevar a taxa de depósito overnight, ou Fasbi. “A solução mais rápida para acalmar o mercado é a Fasbi”, disse Pardede.

Índia – Na Índia, terceira maior economia da Ásia, a rúpia atingiu mínima recorde de mais de 64 por dólar antes de o banco central intervir para vender dólares tanto no mercado spot (à vista) quanto no futuro.

A Índia precisa de capital estrangeiro para seu recorrente déficit da conta corrente. Mas os investidores têm retirado dinheiro do país, e não colocado, em meio ao nervosismo com os problemas de crescimento e as dificuldades das autoridades em lidar com os vários problemas econômicos.

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Turquia – Por sua vez, o banco central da Turquia surpreendeu o mercado ao elevar sua taxa básica pelo segundo mês seguido. O BC elevou a taxa em 0,5 ponto percentual, para 7,75%, mas manteve a taxa de compulsório em 4,5% e a de empréstimo overnight em 3,5%.

O BC turco afirmou que pode adotar mais medidas se necessário e que vai ater-se a sua postura de política até que a inflação –que atingiu 9% em julho– caia rumo à meta de médio prazo de 5%.

Elevar a taxa de juros torna os ativos em lira mais atrativos para investidores estrangeiros, dando sustentação à moeda. Mas pode também afetar o crescimento, algo que o governo do primeiro-ministro Tayyip Erdogan quer evitar antes do início de ciclo eleitoral no próximo ano.

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(com agência Reuters)

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