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Em novo relatório, Fed não sinaliza redução de estímulos

Autoridade monetária também manteve os juros próximos de zero e afirmou que o ritmo de expansão "modesto" da economia ainda inspira cuidados

Por Da Redação
31 jul 2013, 15h47

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) informou nesta quarta-feira que a economia continua se recuperando mas ainda necessita de suporte, não oferecendo indicações de que uma redução no ritmo de aquisição de ativos seja iminente. A afirmação foi feita mesmo depois do resultado do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre, que ficou em 1,7%, muito acima das expectativas do mercado, que estavam em 1%. O dado para o primeiro trimestre foi revisado para baixo, de 1,8% para 1,1%.

Por ora, o Fed continuará comprando os 85 bilhões de dólares em títulos hipotecários e dívida do Tesouro norte-americano por mês em seus esforços para dar força a uma economia ainda desafiada por aperto fiscal federal e fraco crescimento no cenário internacional. Autoridades afirmaram que a atividade econômica expandiu-se em ritmo “modesto” no primeiro semestre, após chamar a recuperação de “moderada” em junho.

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O Fed sinalizou também preocupação com maiores taxas hipotecárias e identificou riscos de que a inflação recue muito longe de sua meta. “O Comitê reconhece que a inflação persistentemente abaixo de seu objetivo de 2% pode representar riscos à performance econômica, mas espera que volte a avançar em direção a seu objetivo no médio prazo”, informou o Fed, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Essa promessa foi suficiente para impedir que o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que no mês passado expressou preocupação com as pressões de queda nos preços, discordasse novamente. Esther George, do Fed de Kansas City, votou contra a decisão devido a preocupações sobre possíveis impactos da política prolongada de juros baixos do banco central à estabilidade financeira.

O Fed quase zerou as taxas de juros no fim de 2008 e, desde então, mais do que triplicou o tamanho de seu balanço patrimonial, para cerca de 3,6 trilhões de dólares, por meio de três imensas rodadas de compras de títulos com o objetivo de manter baixos os custos de financiamento de prazo mais longo. Em coletiva de imprensa em 19 de junho, o chairman do Fed, Ben Bernanke, disse que a autoridade monetária começaria a reduzir sua atual rodada de aquisição de ativos mais à frente neste ano, esperando concluí-la até meados de 2014.

Autoridades esperam que a economia dos EUA se recupere em breve de um período de baixo crescimento induzido por cortes de gastos em Washington, entre outros fatores.

O Fed tem se esforçado para ressaltar que qualquer redução no ritmo de compras não significa que o banco central esteja próximo de elevar as taxas de juros. O banco central reiterou nesta quarta-feira que vai manter os juros quase zerados enquanto a taxa de desemprego permanecer acima de 6,5%, contanto que as projeções para a inflação entre um e dois anos no futuro não superem 2,5%.

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A taxa de desemprego estava em 7,6% em junho e economistas esperam que um relatório a ser divulgado na sexta-feira mostre que o dado recuou para 7,5% em julho.

Apesar dos melhores esforços do Fed para utilizar suas indicações sobre os juros para manter baixos os custos de financiamento de prazo mais longo, a reação dos mercados às discussões de uma provável redução nas aquisições de ativos do banco central tem sido vender títulos.

O yield (rendimento) do título referencial de 10 anos do Tesouro dos EUA está cerca de 1 ponto porcentual acima do yield verificado no início de maio. As taxas hipotecárias têm avançado em ritmo semelhante, representando uma possível ameaça para a recuperação imobiliária.

(Com Reuters)

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