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Vulcões extinguiram metade das espécies da Terra há 200 milhões de anos

Evento teria sido responsável por abrir o caminho para a evolução dos dinossauros e sua dominação do planeta por 135 milhões de anos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h22 - Publicado em 22 mar 2013, 17h31

Utilizando um novo processo de datação de rochas, pesquisadores americanos relacionaram com precisão um intenso período de erupção vulcânica à extinção de cerca de metade das espécies existentes na Terra há 200 milhões de anos, a chamada Quarta Grande Extinção. O evento teria aberto o caminho para a evolução dos dinossauros e sua dominação do planeta pelos 135 milhões de anos seguintes, até que estes também foram extintos.

Conheça a pesquisa

TÍTULO ORIGINAL: Zircon U-Pb Geochronology Links the End-Triassic Extinction with the Central Atlantic Magmatic Province

ONDE FOI DIVULGADA: revista Science

QUEM FEZ: Terrence J. Blackburn, Paul E. Olsen, Samuel A. Bowring, Noah M. McLean, Dennis V. Kent, John Puffer, Greg McHone, E. Troy Rasbury e Mohammed Et-Touhami

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INSTITUIÇÃO: Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA

RESULTADO: Utilizando um novo método de datação de rochas, pesquisadores relacionaram com precisão a Província Magmática do Atlântico Central, série de grandes erupções ocorridas há cerca de 200 milhões de anos, com a Quarta Grande Extinção pela qual a Terra passou.

No estudo, publicado online nesta quinta-feira na revista Science, os pesquisadores utilizaram uma nova técnica de análise da decomposição de isótopos de urânio para determinar a idade das rochas formadas a partir do resfriamento do magma das grandes erupções. As análises foram feitas em basaltos coletados nos Estados Unidos e no Marrocos. Essas rochas são provenientes da Província Magmática do Atlântico Central (Camp, na sigla em inglês), resultado de uma série de grandes erupções ocorridas há cerca de 200 milhões de anos, quando todos os continentes se encontravam ligados como um só. Pesquisadores estimam que essas erupções tenham despejado cerca de 10,4 milhões de quilômetros cúbicos de lava durante 600.000 anos.

Os pesquisadores conseguiram determinar com precisão a data da Extinção do Triássico-Jurássico: 201.564.000 anos atrás, exatamente o período da intensa atividade vulcânica da Província Magmática do Atlântico Central. Os gases liberados pelas erupções, em especial o gás carbônico, teriam provocado o aquecimento do planeta e comprometido a sobrevivência de parte das espécies.

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Estudos anteriores já haviam sugerido uma ligação entre a Camp e a Quarta Grande Extinção, mas eles trabalhavam com margens de erro de 1 a 3 milhões de anos, enquanto a nova margem é de apenas alguns milhares de anos, um valor baixo do ponto de vista geológico.

Futuro – A extinção dos dinossauros, atribuída à queda de um meteorito, é considerada a quinta e última extinção em massa pela qual a Terra passou. Alguns cientistas sugerem que o planeta esteja passando atualmente por uma sexta extinção, causada pelo homem. A queima de combustíveis fósseis libera quantidades imensas de gás carbônico na atmosfera, causando aumento da temperatura, desequilíbrio dos ecossistemas e aumento a acidez das águas.

“A extinção do Triássico-Jurássico é análoga aos dias de hoje. A partir do estudo dos registros geológicos, é possível saber muito sobre o impacto do aumento da quantidade de gás carbônico na atmosfera sobre a temperatura do planeta, acidez dos oceanos e manutenção da vida na Terra “, afirma Terrence Blackburn, um dos autores do estudo.

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