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Satélite mostra rápido degelo na Antártica

Em 10 anos, satélite registrou perdas de até 3.200 quilômetros quadrados

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h40 - Publicado em 6 abr 2012, 10h42

Ao completar dez anos em órbita, o satélite Envisat, da Agência Espacial Europeia (ESA), acompanha o derretimento de plataformas de gelo da Antártica. Entre as principais observações feitas por esse satélite, estão as alterações sofridas pela plataforma Larsen, que se estende de Norte a Sul na Península Leste do continente gelado. A plataforma Larsen é dividida em três partes, A (menor), B e C (maior).

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PLATAFORMAS DE GELO

São placas espessas de gelo, alimentadas por glaciares, que flutuam no oceano em torno da Antártica.

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PLATAFORMA LARSEN

Localizada na Península Leste da Antártica, a plataforma Larsen foi dividida pelos cientistas em três partes, denominadas A, B e C. A Larsen A foi desintegrada em 1995 e, da Larsen B, restam apenas 1.670 quilômetros quadrados contra a área de 6.664 quilômetros quadrados existente há dez anos. A Larsen C, até então considerada intactada, começou a apresentar recentemente diminuição em sua espessura.

Uma das primeiras observações feitas pelo Envisat, realizada em março de 2002, foi o rompimento da principal seção da Larsen B. Nessa época, 3.200 quilômetros quadrados de gelo se desintegraram em poucos dias devido a instabilidades mecânicas da placa impulsionadas pelo aquecimento global. Com o auxílio de um radar Advanced Synthetic Aperture Radar (ASAR), o Envisat mapeou a perda de uma área de 1.790 quilômetros quadrados na Larsen B, durante a última década. Radares como o ASAR são particularmente úteis para monitorar regiões polares porque eles conseguem obter imagens no escuro e em locais cobertos por nuvens.

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O professor Helmut Rott, da Universidade de Innsbruck (Áustria), destaca o papel fundamental do acompanhamento das alterações das plataformas de gelo a longo prazo. “Observações sistemáticas de longa duração têm particular importância no entendimento dos processos sofridos pelas camadas de gelo. Isso permite avançar na capacidade de previsão da resposta da neve e do gelo à alteração climática”, afirma.

Ainda sobre o acompanhamento das plataformas, Rott afirma que “essas observações são muito relevantes para estimar o comportamento futuro de massas de gelo bem maiores, como do Oeste da Antártica, se o aquecimento se espalhar mais para o Sul.”

Perto da aposentadoria – O Envisat, que já teve seu tempo de vida dobrado, está programado para dar continuidade às observações das calotas polares, da superfície terrestre, dos oceanos e da atmosfera por pelo menos outros dois anos. Isso assegura a continuidade dessa importante observação de dados da Terra até que a próxima geração de satélites, os Sentinels, comece a operar em 2013.

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