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Rosetta volta à ativa em busca de sinais do robô Philae

A Agência Espacial Europeia reativou a sonda no momento em que ela se aproxima do Sol e pode receber novos sinais do Philae, robô que está no cometa

Por Raquel Beer Atualizado em 9 Maio 2016, 14h46 - Publicado em 11 Maio 2015, 19h36

Na sexta-feira passada (08), a Agência Espacial Europeia (ESA) voltou a ligar os receptores de sinais da sonda Rosetta, que desde agosto do ano passado orbita o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

A ideia é que a sonda possa voltar a captar mensagens do robô Philae, que em novembro do ano passado se desligou da nave e desceu em direção ao cometa até concluir o seu pouso dramático.

Foram três tentativas: na primeira, a nave atingiu exatamente o local que os pesquisadores queriam, mas como os arpões que o fixariam ao solo falharam, ele voltou a subir. Depois de quicar mais uma vez, o robô acabou se alojando em um local não muito desejado: ficou no fundo de um declive, posição de pouca exposição à luz solar, e com um dos seus três pés no ar.

Devido à posição imprevista, Philae só conseguiu trabalhar, estudando o cometa in loco, por 64 horas, antes que a sua bateria acabasse. Apesar do pouco tempo, o robô coletou informações importantes que resultaram em uma coleção de estudos divulgados pela revista Science em janeiro e abril.

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As publicações mostraram que o cometa tem uma superfície com estrutura similar a dunas, e que ele já possui uma cauda (os cometas só desenvolvem a cauda ao se aproximar do Sol, quando emitem gases e poeira devido ao aquecimento). Também foi revelado que seu núcleo, que pesquisadores acreditam ser poroso e maleável, é constituído de poeira, pedra e gás congelado. Essa parte do cometa é coberta por monóxido e dióxido de carbono, além de pouquíssima água congelada. A publicação mais recente ainda mostrou que o cometa não tem um campo magnético.

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Desde novembro, a equipe da ESA tentou entrar em contato com o robô em março e abril, sem sucesso. Agora, porém, as chances são maiores, já que o Philae está recebendo luz solar por uma hora e vinte minutos duas vezes por dia, o que ajuda a reabastecer suas baterias. Esse tempo deve aumentar até agosto, quando o cometa atingirá a sua maior proximidade do Sol, para então se afastar novamente. Nesse momento, a sonda Rosetta deve sair de sua órbita.

Os equipamentos do Philae precisam estar em uma temperatura maior de 45 graus para funcionar normalmente e o nível de energia também é determinante para o tipo de informação que será coletada. Medir os gases emitidos, por exemplo, demanda menos energia do que perfurar a crosta do cometa para fazer análises sobre o seu interior.

A sonda Rosetta decolou da Guiana Francesa há onze anos e durante a viagem de 6 bilhões de quilômetros precisou fazer manobras gravitacionais ao redor da Terra e de Marte para ganhar impulso e alcançar o cometa. Toda a missão custou à ESA quase 2 bilhões de euros e uma década de planejamento.

Um dos principais objetivos do estudo é verificar a teoria de que os cometas podem ter sido responsáveis por abastecer a Terra com água e moléculas orgânicas. Isso teria acontecido há 4,5 bilhões de anos, quando o universo ainda estava se formando e muitos cometas colidiram com o planeta.

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