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Programa de exploração espacial de Obama vira alvo de críticas

Por Por Jean-Louis Santini
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h58 - Publicado em 3 out 2011, 15h20

O programa de exploração espacial tripulada do governo de Barack Obama tem sido alvo de ataques tanto do Congresso quanto dos mais ilustres astronautas da conquista da Lua e especialistas, que o consideram uma ameaça a meio século de superioridade dos Estados Unidos no espaço.

“Os Estados Unidos não terão acesso à Estação Espacial Internacional (ISS) durante um período indeterminado, o que para um país que investiu tanto para ser o líder na exploração (…) do espaço é considerado por muitos como vergonhoso e inaceitável”, declarou recentemente a uma comissão do Congresso Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, em julho de 1969.

Com o fim dos ônibus espaciais, cujo último voo foi em julho passado, os Estados Unidos continuarão dependendo dos foguetes russos Soyuz para levar seus astronautas à ISS até 2015 na melhor das hipóteses.

A agência espacial americana (Nasa) confia no setor privado para desenvolver em cinco anos com alguma parceria uma alternativa ao ônibus espacial a um custo menor.

Mas muitos especialistas duvidam que as empresas na disputa, como a SpaceX, sem uma ampla experiência espacial – com exceção da Boeing – possam fazer frente a este desafio tão rapidamente.

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Neil Armstrong criticou no Congresso o cancelamento por parte de Obama do programa Constellation, sem ter uma alternativa clara.

O Constellation, que Obama considerava caro demais e baseado em tecnologias velhas, foi lançado em 2004 por seu antecessor, George W. Bush, com o objetivo de voltar à Lua até 2010, antes de conquistar Marte.

No âmbito deste programa, o foguete Ares 1 e a cápsula Orion, nos quais já tinham sido investidos US$ 10 bilhões, poderiam substituir os ônibus espaciais em 2016.

Sob pressão do Congresso, a Casa Branca se comprometeu a desenvolver uma nave antes do previsto para a exploração tripulada longínqua, mas seu financiamento e finalidade são incertos. A Nasa fala, sobretudo, da visita a um asteróide ainda indeterminado por volta de 2025, mas não da Lua e não dá nenhuma informação com relação a Marte.

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Eugene Cernan, último astronauta a pisar na Lua, em 1972, teme que esta incerteza “fragilize a base tecnológica americana, desmantele uma equipe de trabalho qualificada e leve o orçamento da Nasa à instabilidade”.

Para Michael Griffin, ex-chefe da agência, as propostas orçamentárias de Obama “são insuficientes para cobrir qualquer programa razoável de exploração tripulada”, que em sua opinião deve passar pelo retorno à Lua.

O orçamento da Nasa para 2012 equivale a 37% do de 2007.

A Nasa rejeita estas críticas e seu porta-voz, David Weaver, ressaltou em e-mail enviado à AFP que se trata de “uma visão de exploração audaciosa elaborada pelo presidente Obama e pelo Congresso em um espírito bipartidário (…) que um dia permitirá aos astronautas caminharem em Marte”.

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