Prêmio de gigantes da tecnologia distribui 21 milhões de dólares a cientistas
A terceira edição do Breakthrough, financiado por bilionários de empresas como Google, Facebook e Alibaba, aconteceu neste domingo (8), em um centro da Nasa, nos EUA
O Prêmio Breakthrough 2016 distribuiu, na noite deste domingo (8), 21 milhões de dólares em sete prêmios para grandes cientistas em ascensão. A premiação é dividida em três categorias: Ciências da Vida, Matemática e Física Fundamental. Cada vencedor (ou grupo vencedor) recebeu a quantia de três milhões de dólares – cerca de 11,4 milhões de reais – durante a celebração no Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, nos Estados Unidos. O valor da premiação é quase três vezes maior que o pago pelo Nobel.
Criado em 2012, essa foi a terceira edição do Breaktrough, patrocinada pelo bilionário russo Yuri Milner e por empresários de grandes companhias do setor tecnológico, como Mark Zuckerberg, do Facebook, Jack Ma, do Alibaba, e Sergey Brin, do Google.
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Os jurados do evento pertencem a um comitê de cientistas que foram agraciados com o prêmio em edições anteriores. Em nota, os organizadores revelaram mais detalhes sobre as afiliações dos vencedores. Durante a cerimônia, Milner declarou que “o Breakthrough reconhece o esforço coletivo da ciência. Ele envia uma mensagem diferente daquela enviada pelo prêmio Nobel.”
O evento, que contou com a participação de artistas, tem o objetivo de tornar os cientistas famosos. A apresentação da cerimônia foi comandada pelo comediante Seth MacFarlane, criador da série Uma Família da Pesada. No entanto, os organizadores do Prêmio Breakthrough possuem critérios rigorosos para a seleção dos participantes.
Vencedores – A categoria Ciências da Vida do Breakthrough 2016 premiou cinco cientistas. Os americanos Edward Boyden e Karl Deisseroth foram reconhecidos por desenvolverem projetos de optogenética, técnica capaz de controlar neurônios por meio de feixes de luzes. O inglês John Hardy recebeu o incentivo após ter descoberto mutações em um gene que podem causar o aparecimento precoce da doença neuro-degenerativa de Alzheimer. A americana Helen Hobbs foi premiada por ter encontrado variações genéticas que podem aumentar ou diminuir os níveis de colesterol. E o sueco Svante Päabo foi agraciado devido ao seu trabalho que permitiu uma melhor compreensão da evolução humana, após o sequenciamento do DNA do homem de Neandertal.
Em Física Fundamental, o chinês Yifang Wang, o japonês Atsuto Suzuki e mais 1.380 cientistas foram premiados por realizarem trabalhos que contribuíram para o avanço da teoria atual sobre a natureza da matéria. Eles lideraram cinco experimentos diferentes que usam neutrinos – partículas sem carga elétrica – como base. Por coincidência, neste ano, o Nobel de Física premiou uma dupla de pesquisadores que comprovou que essas partículas elementares possuem massa.
A última categoria do Breakthrough 2016, Matemática, premiou o americano Ian Agol que, por meio de seus estudos, forneceu contribuições para a topologia, extensão da geometria que estuda formas e espaços.
(Da redação)