País inicia na Amazônia teste com cápsula contra mosquito da malária
Cápsulas gelatinosas utilizam 25 vezes menos inseticida para matar o mosquito da malária
![Mosquito, vetor de transmissão da Dengue](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/05/mosquito-ap-310-original1.jpeg?quality=90&strip=info&w=310&h=174&crop=1)
Cápsulas gelatinosas que, sem energia elétrica ou fogo, passam a noite protegendo os ambientes – e as pessoas – contra qualquer mosquito estão sendo desenvolvidas em um projeto para o controle da malária. Coordenada pelo entomólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Wanderli Tadei, a pesquisa usa a nanotecnologia para causar menos danos ao meio ambiente do que os inseticidas, além de ser mais barata.
Tadei explica que o protótipo das cápsulas consegue atingir o mesmo índice de mortalidade do mosquito da malária utilizando, contudo, 25 vezes menos piretróide – inseticida normalmente colocado na parede das casas para dar o efeito de repelência ao mosquito da malária.
Se os testes práticos obtiverem sucesso, além de combater o mosquito transmissor da malária, a técnica poderá futuramente ser usada para evitar outras enfermidades. “Podemos dizer que o coquetel de óleos é eficaz contra mosquitos transmissores da dengue e outras doenças”, afirmou Tadei.
Segundo ele, os óleos são muito voláteis, por isso a ideia de encapsulá-los no formato de gelatina fez com que a liberação ocorra de forma mais lenta. “Usar apenas os óleos em recipientes numa sala pequena podem repelir os mosquitos, mas duram no máximo duas horas. A ideia das cápsulas é chegarmos a um resultado que dure dias.”
As cápsulas em teste misturam vários óleos, na maioria de plantas amazônicas.
(Com Agência Estado)