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Nasa utiliza telescópio espacial para estudar energia escura

Observações feita pelo Hubble indicam, segundo os cientistas, que o universo deve se expandir indefinidamente

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h15 - Publicado em 20 ago 2010, 13h36

A energia escura, descoberta em 1998, está fazendo com que o universo se expanda cada vez mais rápido

Astrônomos da Nasa utilizaram uma “lente galáctica” para descobrir a verdadeira quantidade de energia escura presente no cosmos. Com o auxílio do telescópio Hubble, eles conseguiram tirar vantagem de gigantescas “lentes de aumento” naturais do espaço – aglomerados massivos de galáxias – para enxergar, pela primeira vez, de onde ela vem. Com isso, esperam explicar o que é de fato a energia escura, que até hoje existe somente em teoria. A força misteriosa, descoberta em 1998, está fazendo com que o universo se expanda cada vez mais rápido.

O novo método desenvolvido pelos astrônomos da Nasa para resolver o que talvez seja o maior quebra-cabeça do universo foi divulgado nesta sexta-feira (20), em um artigo na revista americana Science.

A ciência ainda não sabe muito bem o que é a energia escura, mas sabe que grande parte do universo é composto por ela – por volta de 72%. Outra parte, 24%, é composta por matéria escura, cuja natureza também é misteriosa, porém mais fácil de ser estudada por causa da influência gravitacional na matéria que conseguimos ver. O resto do universo, meros 4%, é composto pelos átomos.

Lente de aumento – O novo estudo analisou imagens que o telescópio Hubble fez do aglomerado de galáxias chamado 1689, que age como uma lente de aumento gravitacional. A gravidade do aglomerado faz com que as galáxias atrás dele sejam distorcidas em formas variadas, como se fossem vistas através de uma lente de aumento.

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De acordo com o cientista Priyamvada Natarajan, da Universidade de Yale (EUA), “a geometria, o conteúdo e o destino do universo estão intimamente ligados”. Ele disse ainda que “se soubermos dois desses fatores, podemos deduzir o terceiro. Já conhecemos bem do que o universo é feito, então se detalharmos a geometria dele poderemos descobrir qual é o destino que nos espera”, completou.

Usando essas imagens, os cientistas conseguiram descobrir como a luz mais distante, vinda das galáxias atrás do aglomerado, é distorcida por ele – uma característica que depende da natureza da energia escura. O método também depende de medições da distância e velocidade em que as galáxias do fundo estão viajando em relação a Terra. A equipe usou esses dados para quantificar a força da energia escura que está fazendo com que nosso universo se acelere. “O que eu gosto sobre nosso novo método é que ele é bastante visual”, disse Eric Jullo, astrônomo do Jet Propulsion Lab e autor do artigo publicado na Science, em entrevista ao jornal inglês Daily Mail. “É possível literalmente ver a gravidade e a energia escura distorcer as galáxias do fundo em arcos”, disse.

Os cientistas esperam poder tirar vantagem da nova técnica para aprender mais sobre o papel da energia escura em nosso universo. Jullo ainda disse que a expansão do universo não só continuaria, mas também iria se acelerar indefinidamente.

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